segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ataques com granadas perturbam eleições no Burundi

Crise política Uma “guerra” contra as eleições está em curso no Burundi, com várias assembleias de voto a serem atacadas, algumas por granadas, na madrugada desta segunda-feira, perturbando o início da votação para as controversas eleições legislativas e municipais em alguns locais do país. Na capital, Bujumbura, e em algumas províncias, grupos armados lançaram granadas na véspera das legislativas e municipais, atrasando o arranque da votação em muitas das assembleias de voto, segundo a Polícia e as autoridades eleitorais. "A votação ainda não começou em muitos dos centros da capital porque os funcionários eleitorais estão a tentar preparar os materiais que chegaram tarde a quase todas as assembleias de voto devido aos ataques da madrugada", disse o presidente da Comissão Eleitoral, Cyriaque Bucumi. A oposição e grupos da sociedade civil apelaram ao boicote das eleições desta segunda-feira, por entenderem que não serão livres nem justas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou, na passada sexta-feira, ao Burundi para adiar o escrutínio devido ao clima político e de segurança, mas as autoridades recusaram fazê-lo.

África do Sul revê relações com TPI

Abrangência da jurisdição nos Estados que ratificaram o Estatuto de Roma O Governo sul-africano anunciou que vai rever a ligação ao Tribunal Penal Internacional (TPI) e clarificar a abrangência da jurisdição nos Estados que ratificaram o Estatuto de Roma. O TPI aproveitou a presença, dia 14, em Joanesburgo, do Presidente do Sudão, Omar al-Bashir, para emitir um mandado de captura. Omar al-Bashir, o primeiro Presidente em exercício acusado pelo TPI de “crime de genocídio”, acabou por deixar a África do Sul, onde participava na 25ª Cimeira da União Africana, contrariando a determinação dos próprios tribunais do país. O Governo sul-africano argumentou que os “compromissos internacionais” tinham impossibilitado o cumprimento da ordem judicial do TPI. “O Conselho de Ministros decidiu que vai rever a participação da África do Sul no Estatuto de Roma do Tribunal Internacional”, anunciou o ministro da Presidência. Jeff Radebe referiu também que uma saída da África do Sul do TPI ocorrerá em “último recurso” e que “tal decisão somente pode ser tomada” se forem esgotadas “todas as soluções disponíveis”. O ministro revelou que o país vai iniciar “discussões formais” com o TPI. Moçambique ainda não ratificou o Estatuto de Roma, em que os Estados membros devem obediência ao Tribunal.

“Jovens devem ser criativos e dinâmicos na resolução dos problemas”

Verónica Macamo – presidente do Parlamento moçambicano Exige-se dinamismo e criatividade aos jovens moçambicanos na resolução dos seus problemas, disse a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, na abertura da II sessão do Conselho Consultivo do Instituto Nacional da Juventude que decorreu hoje, segunda-feira, em Maputo. A presidente da Assembleia da República apelou aos jovens a serem mais interventivos e contribuírem para o desenvolvimento do país. Macamo defendeu ainda a necessidade de os jovens participarem activamente na manutenção da paz como forma de permitir o progresso da nação. A II sessão do Conselho Consultivo do Instituto Nacional da Juventude termina amanhã, terça-feira, e conta com a participação de vários jovens provenientes das províncias do país e deputados da Assembleia da República.

Vila Olímpica terá mais 240 apartamentos até Outubro

As obras de construção da segunda fase da Vila Olímpica do Zimpeto, na cidade de Maputo, serão concluídas até 31 de Outubro próximo. O lote vai compreender 240 apartamentos, cujos financiamento e execução estão a cargo de uma empresa do Macau. A construtora está a investir 30 milhões de dólares para os apartamentos e estima em mil dólares por metro quadrado o preço de venda, justificando com a aplicação de nova tecnologia denominada “aço-leve”, que garante celeridade da obra, consistência e qualidade. Cada apartamento deverá custar 160 mil dólares norte-americanos, 70 mil mais caro do que as casas da primeira fase.

Alemanha aprova envio de armas a países do Golfo

O jornal alemão Die Welt afirmou neste sábado (27/06) que Berlim aprovou a exportação de vários armamentos para países do Golfo Pérsico, apesar das preocupações sobre conflitos e violações de direitos humanos. Entre os envios autorizados pelo Conselho de Segurança Federal estão 15 barcos patrulha para a Arábia Saudita. "A Arábia Saudita pretende proteger suas plataformas marítimas de petróleo dos ataques de terroristas do 'Estado Islâmico' (EI), por exemplo. Esse é um interesse legítimo", afirmou a publicação citando pessoas do governo de coalizão da Alemanha. As fontes acrescentaram que os barcos não poderão ser usados para cometer violações de direitos humanos ou combater dissidentes, e que os equipamentos devem servir somente para a autodefesa. Tema sensível A exportação de armas para a Arábia Saudita é um tema controverso na Alemanha, já que o país do Golfo Pérsico é frequentemente acusado de violar maciçamente os direitos humanos. De acordo com o jornal Die Welt, a Alemanha vai entregar um tanque de guerra do tipo Leopard 2A7 para Omã e um Leopard 2 para o Catar. Segundo fontes citadas pelo jornal, nenhum dos dois tanques poderão ser usados para fins militares. No entanto, o governo alemão continua negando para a Arábia Saudita fuzis de assalto do tipo G36, que vem sendo solicitados por muito tempo, em meio às preocupações com o histórico do país em violações aos direitos humanos.

domingo, 28 de junho de 2015

Mortos por calor no Paquistão passam de 1.200

O diretor de operações, Nazar Mohammad Bozdar, afirmou que 1.923 pacientes com males relacionados ao calor ainda estão sendo tratados. "O governo respondeu rapidamente tomando providências para o tratamento das pessoas com insolação e a situação está melhor agora", afirmou. Karachi, com 20 milhões de habitantes, é a cidade mais populosa do Paquistão. A região sofre com interrupção de energia elétrica e muitos moradores passam as noites ao ar livre. A onda de calor ocorre ao mesmo tempo do período sagrado do Ramadã, em que os fiéis muçulmanos realizam jejum entre o nascer e o pôr do sol.

Maço de dinheiro salva comerciante de ser atingido por tiro durante assalto

O caso aconteceu dentro de um estabelecimento comercial no Jardim Copacabana, Araras (SP). As câmeras de segurança instaladas registraram o momento em que dois suspeitos armados entram no local para assaltar e disparam contra o dono da loja, que foi atingido no peito, publica o G1. De acordo com a Polícia Militar, um maço de dinheiro que ele carregava no bolso da camisa ajudou a amortecer o impacto da bala. Após o assalto, a dupla fugiu. Mauro Moreira de Assis, de 56 anos, foi socorrido para a Santa Casa, onde permanece internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Apesar de não ter atingido nenhuma veia importante, a bala perfurou o pulmão. Neste sábado (27), os médicos pararem de dar sedativos, mas a vítima ainda respira com a ajuda de aparelhos. “O maço de dinheiro desviou a bala favoravelmente”, disse o médico responsável pelo atendimento Henrique Cataldo. A família do proprietário conta que o maço formou uma espécie de barreira e impediu que a bala atingisse o coração. O valor do maço de dinheiro não era alto, cerca de R$ 190 em notas de R$ 2, R$ 5 e R$ 10, contou Sueli de Assis de Braga, irmã da vítima, à reportagem do G1. Segundo a publicação, ela trabalha com o irmão há cinco anos no depósito de bebidas e disse que tinha ido embora antes do assalto. Assalto A mesma publicação refere que o comerciante comia um lanche em um canto da loja, quando dois homens chegaram a pé. Um deles foi em direção ao caixa e subiu no balcão. Assustado, o comerciante correu. O outro suspeito tirou uma arma de dentro de uma caixa e disparou quase à queima a roupa. A vítima deu alguns passos e caiu. Após o disparo, os assaltantes pegaram uma quantia em dinheiro do caixa, alguns produtos e fugiram a pé. Pessoas que passavam na rua ouviram o barulho do disparo e chamaram o socorro. Investigação O delegado Tabajara Zuliani Santos afirmou que a Polícia Civil irá investigar o crime. A perícia esteve no local para levantar informações que possam ajudar a identificar e prender os assaltantes, informou o delegado. A Polícia Militar de Araras afirmou que faz rondas frequentes pelo bairro para tentar coibir ações como essas e que tanto comerciantes quanto populares podem acionar a corporação por meio do 190 quando virem ou notarem algo suspeito.

Morreu mestre Venâncio Mbande

MORREU na noite da última quinta-feira, no Hospital Central de Maputo, o mestre Venâncio Mbande, músico e marimbeiro que se destacou na promoção da timbila, um instrumento musical de origem Chopi. Nascido em Outubro de 1933, em Mbandeni, distrito de Zavala, na província de Inhambane, Venâncio Mbande vinha padecendo de uma enfermidade que esta semana levou a que fosse internado devido à sua gravidade. Foi na sequência da doença que por volta das 20 horas de quinta-feira, quando o país celebrava 40 anos da Independência Nacional, se calava para sempre a voz de um dos maiores percursores da música ligeira moçambicana, aos 82 anos de idade. Autor do disco “Timbila ta Venâncio”, o mestre Venâncio Mande começou a envolver-se com a música aos sete anos de idade cantando e dançando ngalanga, uma dança originária da sua terra natal. A sua relação com a timbila data de 1948 na vizinha África do Sul, para onde migrou aos 18 anos de idade para trabalhar como escrivão na empresa mineira de Merveille. Volvido algum tempo, ainda na África do Sul, tornou-se “ídolo” de alguns brancos que, devido ao seu talento, o convidaram a tocar timbila em Coimbra, Portugal. Também foi tocar noutros países europeus como Alemanha, Holanda e Inglaterra. Nesses lugares era igualmente convidado a fabricar alguns desses instrumentos. A timbila é, desde 2005, património oral e imaterial da humanidade, titulo atribuído pela Organização das Nações Unidades para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Na sua terra natal, Venâncio Mbande sempre esteve envolvido no desenvolvimento da timbila a par da sua carreira musical e, nos últimos anos, era a principal atracção no Festival M´saho, que decorre habitualmente no mês de Agosto na vila municipal de Quissico. O malogrado inspirou diversos cantores da nova geração com destaque para a Orquestra Timbila Muzimba, criada em 1997, composta por jovens cantores e marimbeiros como foi criado em Agosto de 1997 e composto por músicos e bailarinos como Cheny Wa Gune, Matchume Zango, Celso Eduardo, Tinoca Zimba, Osório Mahuaie, Arlindo Chissano, Djibra Mussa, Lucas Macuácua e Texito Langa. Recentemente este agrupamento realizou um concerto em homenagem ao seu mestre. Denominado “Rhambanani”, o espectáculo juntou três gerações de marimbeiros: dos mais jovens e as dos mestres Eduardo Durão, como intermediária, até ao do monstro da timbila Venâncio Mbande. Este último fazendo parte dos criadores e difusores destes ritmos.

Mercado Grossita do Zimpeto: Reduz oferta de tomate nacional

A ENTRADA de tomate nacional no Mercado Grossista do Zimpeto, na cidade de Maputo, reduziu nos últimos dias, dos habituas 60 camiões para apenas vinte. O lento amadurecimento, devido ao frio que se faze sentir nos principais campos de produção como por exemplo os de Catuane e Moamba na província de Maputo, Chókwè e Chibuto, em Gaza, é apontado como a principal causa da redução. Para além do lento amadurecimento, segundo fonte daquele mercado, está o fraco desenvolvimento daquele legume, facto que se reflecte igualmente na qualidade. Soubemos que para fazer face ao défice, os comerciantes que operam naquele mercado recorrem ao tomate importado da África do Sul que reforça a produção local, com a entrada de 20 e 30 camiões por dia. Segundo Moisés Covane, administrador do Mercado Grossista do Zimpeto, apesar da redução no fornecimento do tomate nacional, mantêm se o preço praticado pois o défice é suprido pelo produto sul-africano. “Registamos uma redução em mais de 50 porcento relativamente ao tomate nacional. Apesar disso continuamos bem abastecidos porque os comerciantes recorrem às importações. Esta situação ainda não tem uma implicação directa no preço praticado”, disse Covane. Américo Banze, vendedor, disse à nossa Reportagem que está a atravessar momentos difíceis no seu negócio com a escassez de produtos frescos aliada ao frio que se faz sentir nos últimos dias. “Devido a baixas temperaturas que se fazem sentir, já não conseguimos trazer as mesmas quantidades de há dois meses. Com o frio, o tomate desenvolve pouco e quase que não amadurece”, disse Banze. Abel Cumbane, outro vendedor, recorre ao tomate sul-africano porque no território nacional é difícil encontrar tomate maduro e com boa qualidade nos últimos dias o que, para ele, é normal por estas alturas do ano. Disse ter constatado que o mesmo problema também se faz sentir nas farmas sul-africanas que só não têm o mesmo impacto que a produção local por privilegiarem uma produção em grande escala e com muita concorrência. Tanto o tomate nacional como o importado é comercializado entre 220 a 500 meticais, uma caixa de 20 quilogramas, valor que é considerado normal por estas alturas do ano. Se há uma ligeira alteração no fornecimento do tomate, o mesmo já não se pode dizer em relação ao feijão-verde, cenoura, pimento, alho e repolho, comercializados no “Zimpeto” uma vez que se trata de produto nacional. Quanto aos produtos como batata-reno e cebola, o mercado grossista ainda depende totalmente das importações, pois nos campos nacionais não há disponibilidade. No geral, o “Zimpeto” está bem abastecido e particular realce vai para os citrinos. Uma lata de 20 quilogramas de laranja, por exemplo é comercializada entre 70 e 90 meticais, tangerina entre 50 e 70, o limão a variar entre 40 e 70 mil meticais a lata.

sábado, 27 de junho de 2015

Dilma e Obama se encontram em situação oposta

Washington - Enquanto Dilma Rousseff enfrenta reprovação recorde, piora nos índices da economia e um Congresso hostil, Barack Obama vive em ascensão os dois últimos anos do mandato iniciado no auge da maior crise econômica em sete décadas. As previsões do PIB dos dois países para 2015 sintetizam os humores dos dois presidentes na viagem que Dilma começa neste sábado, 27, maior potência mundial: o Brasil deve ter retração de 1,1%, ante crescimento de 3% nos Estados Unidos. Enquanto a brasileira recém-reeleita vive uma crise de imagem diante dos problemas fiscais e das investigações sobre corrupção, o americano tem conseguido reverter o desgaste vivido também após ser reconduzido ao posto. Dilma hoje é aprovada por 10% da população, índice mais baixo desde os 9% obtidos por Fernando Collor de Mello às vésperas do impeachment. Obama não está no momento de maior popularidade, mas a curva é ascendente. Depois de cair a 39% em setembro, a aprovação subiu a 46%. O índice é menor que os 50% que reprovam a gestão, mas o americano tem as projeções de crescimento do PIB a favor. Outra taxa da economia crucial para a popularidade dos presidentes também caminha em direções opostas nos dois países. No primeiro trimestre, o desemprego no Brasil atingiu o maior patamar em dois anos, 7,9%. Nos EUA, depois de chegar a 10,2% em novembro de 2009, primeiro ano de governo Obama, a taxa caiu a 5,5% no mês passado. Com isso, se aproxima do patamar que levará o banco central americano a elevar a taxa de juros pela primeira vez em nove anos, notícia negativa para o Brasil. Maré alta e baixa A semana de Obama termina com vitórias em dois itens fundamentais de sua agenda. Na quinta-feira, 25, a Suprema Corte decidiu pela legalidade dos subsídios concedidos a milhões de americanos na reforma do sistema de saúde aprovada de 2010, provavelmente o mais duradouro legado do democrata. "Depois de múltiplos questionamentos desta lei perante a Suprema Corte, o Ato de Cuidado Acessível está aqui para ficar", disse o presidente nos jardins da Casa Branca, usando o nome oficial do Obamacare. Com a ajuda da oposição republicana, também conseguiu aprovar no Congresso o chamado fast track - autorização para negociar acordos comerciais sem o risco de serem modificados pelo Legislativo. Isso permitirá o avanço da Parceria Transpacífica, tratado que reúne os EUA e 11 países do Pacífico, como Japão, Peru, Colômbia, Chile e México.

Entenda as diferenças entre o casamento gay dos EUA e do Brasil

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta sexta-feira (26) derrubar os vetos de Estados contrários ao casamento gay, o que na prática legalizou a união entre pessoas do mesmo sexo para todo o território americano. O fato tem paralelo no Judiciário brasileiro, que já havia tomado decisão semelhante há quatro anos. A maior autoridade jurídica americana julgou nesta semana o caso "Obergefell vs. Hodges", no qual James Obergefell processou o estado de Ohio (representado pelo político Richard Hodges) pedindo reconhecimento como viúvo de seu falecido parceiro, John Arthur. A decisão deve abrir precedente para todos os casais homossexuais do país oficializarem suas uniões, apesar da resistência de alguns Estados conservadores.

Morreu Michel Teló?

Em um acidente grave às 3h da madrugada o carro do cantor capotou e, ao que tudo indica, ele morreu ao lado da sua namorada, uma famosa atriz. Esta notícia contém meias verdades. Michel Teló e sua namorada não morreram. Mas a imprensa trata a morte de Cristiano Araújo como se o artista fosse muito maior e mais representativo para sua geração do que de fato ele era. Parece até que quem morreu foi Teló. É verdade, Cristiano Araújo era rico e famoso, e sua carreira estava em ascensão. Tinha alguns sucessos instantâneos. O que levou a um fato curioso na repercussão da morte. Muitos dos que torcem o nariz para o sertanejo universitário se espantaram com o tamanho da comoção em torno da morte de Cristiano. Em parte isso se deve a um desconhecimento em relação ao “Brasil profundo”, país muito evidente, mas que raramente consegue ser corretamente avaliado pelo Brasil das elites culturais. Muitos se deram conta que já tinham ouvido a voz do cantor somente quando as TVs insistentemente mostraram flashes de cenas dos DVDs do cantor. Outros nem isso. Este texto não compactua com essa ignorância. Mas quer dimensionar corretamente a importância do sertanejo universitário. Cristiano merece toda nossa piedade diante de um acidente terrível que deixa a família desamparada e os amigos sem rumo. Mas é verdade também que a dimensão dada a sua carreira e a cobertura das redes de televisão, e entre elas especialmente a Globo, foi desproporcional. A notícia da morte ganhou todas as mídias por volta das 8h da manhã da quarta-feira. A partir daí veio a enxurrada de homenagens, flashes ao vivo, reportagens cobrindo a saída do corpo do Instituto Médico Legal etc. Ao longo da tarde repórteres mostraram onde seria o velório do cantor em Goiânia, o Centro Cultural Oscar Niemeyer. Cobriram a transferência dos corpos e a tristeza dos fãs. Esse tipo de cobertura era esperada de Record, Band, Rede TV e do SBT. Os programas da tarde dessas emissoras sempre estão em busca de assunto para encher linguiça. Em vez de fofoca, um assunto capaz de sensibilizar as multidões é sempre bem-vindo. O que espanta é que a Globo também tenha entrado na mesma lógica. Depois de incessantes flashes em sua programação, com direito a uma tristonha Fátima Bernardes falando “ao vivo pelo tablet” com vários sertanejos (e até Rogério Flausino, do Jota Quest), os noticiários globais continuaram abordando a morte trágica de Cristiano e conjecturando histórias de amor eterno com sua jovem namorada e o carinho do pai com seus dois filhos. Na parte da tarde o Vídeo Show foi alongado até as 16h30, transformando a programação da Globo num especial em homenagem ao sertanejo. Por que tamanha ênfase da emissora? Alguns amigos supõem que deve-se ao fato de que Cristiano Araújo era um artista da Som Livre, a gravadora da Globo. Pode ser. Outros dizem que a decadente audiência da Globo não poderia ignorar a vontade das multidões digitais. Por volta das 13h o cantor estava no primeiro lugar dos trending topics do Twitter brasileiro e em terceiro no trending topics mundial. Parece algo consistente. Mas, seja como for, a cobertura da Globo não tem precedentes recentes. b128849c1b8fc26b9c5f10485265f3d6264Neste ano morreram duas figuras históricas da música rural brasileira: Inezita Barroso e José Rico, da dupla Milionário & José Rico. A primeira ganhou menções honrosas e foi citada em todos os telejornais de forma breve, mas respeitosa. Com José Rico aconteceu o mesmo. Nada além disso. Inezita foi homenageada na emissora em que trabalhava, a TV Cultura. José Rico ganhou homenagens em programas de tarde e também no Programa do Ratinho, no SBT. Nada de novo. Estava tudo no script. O SBT honrava a ligação histórica que tinha com o gênero desde os especiais de Chitãozinho & Xororó em 1986 e programas como o Musicamp, antecessores do famoso Sabadão Sertanejo, criado em 1991 por Gugu Liberato. Mas a cobertura da morte de Michel Teló, ops, Cristiano Araújo fugiu a todos os padrões. Em parte porque a morte de um James Dean sertanejo (Cristiano tinha apenas 29 anos) tem especial apelo midiático. Mas, se a morte de Inezita não surpreendeu ninguém, a de José Rico pegou muita gente desprevenida.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Homem decapitado em ataque de Lyon era patrão do suspeito

A cabeça da vítima, dono de uma empresa da região, foi colocada numa das grades exteriores da fábrica, propriedade do grupo norte-americano Air Products, localizada em Saint-Quentin-Fallavier. Português relata preocupação das pessoas no local do atentado em França Uma pessoa decapitada e vários feridos em ataque de islamita em França Segundo os primeiros dados da investigação, a vítima, de cerca de 45 anos, geria uma empresa de transportes dos arredores de Lyon e tinha uma autorização de trânsito para entrar nas instalações da fábrica. Segundo a fonte, imagens de uma câmara de vigilância permitiram ver que a cabeça foi colocada pelo presumível autor do ataque, Yassin Salhi, 35 anos, antes de conduzir o veículo contra garrafas de gás para provocar uma explosão. Uma das primeiras equipas de emergência a chegar ao local ouviu Salhi gritar "Alá é grande", segundo a fonte. Foi essa equipa, de bombeiros, que conseguiu dominar o suspeito até à chegada da polícia. O suspeito não tem antecedentes criminais, mas estava referenciado pela polícia por radicalização salafista.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Beyoncé mostra aos fãs foto sensual na praia

Ela não poderia estar mais irresistível. Beyoncé compartilhou com seus fãs, no Instagram, uma foto em algum lugar paradisíaco, aproveitando as férias com o marido Jay Z e sua filha Blue Ivy. Não se sabe onde a família está, apenas que a cantora adora mimar seus seguidores postando fotos de dar água na boca.

Rihanna sabe quando não usar ou abusar da maquiagem

Se ela vai à festa, ela abusa da maquiagem. Se vai à praia, ela opta por um look casual, com cores mais discretas. Rihanna tem mostrado que sabe realçar sua beleza combinando-a com uma maquiagem mais glamourosa ou abusando dos cosmésticos, como fez no último videoclipe ao lado de Paul McCartney y Kanye West.

Amber Rose apaga tatuagem do ex Wiz Khalifa

Amber Rose chocou os fãs. Anteriormente, numa entrevista, ela havia dito que não tinha pressa para retirar a tatuagem com a foto do ex, o rapper Wiz Khalifa. Mas, pelo visto, mudou de ideia. A artista postou um vídeo, nesta terça-feira, mostrando a sua tatuagem, mas onde existia o rosto do ex, agora existem rosas vermelhas. Será verdade o boato de que ela estaria namorando o rapper Machine Gun Kelly?

Obama reconhece que famílias de reféns estiveram desassistidas

Barack Obama reconheceu nesta quarta-feira que a Casa Branca pode não ter dado o apoio necessário às famílias de americanos sequestrados por grupos extremistas fora do país. O presidente dos Estados Unidos prometeu rever a política de reféns do país.

Garota dessa foto viveu jornada da guerra ao perdão para lutar pela paz

Personagem de uma das mais icônicas imagens da história, Kim Phuc tenta viver uma vida sem as marcas de um dos piores dias de sua vida. Ela foi retratada 43 anos atrás, ainda com nove anos, correndo nua por sua vida após uma bomba ter sido jogada no Vietnã e queimado boa parte de seu corpo. A relação de Phuc, hoje com 52 anos, com a foto é bastante controversa. Logo que ela foi divulgada, mais de quatro décadas atrás, era odiada pela então criança. A reação é natural, uma vez que capturou e congelou para sempre um dos momentos de maior desespero que a vietnamita já viveu em toda sua vida. Hoje, no entanto, a relação é diferente. “No começo era algo bem difícil, me trazia o horror que eu vivi naqueles dias, especialmente naquele dia. Mas depois eu realizei que eu nunca poderia escapar dessa foto, ela sempre estaria lá. Então percebi que eu deveria voltar e trabalhar com essa foto, fazer com que ela fosse algo pela paz. Essa é minha escolha”, afirma Phuc à CNN. Os horrores da guerra, porém, deixaram marcas que mudaram para sempre a vida de Phuc. Algumas mudanças, para ela, positivas. Aos 19 anos ela se tornou cristã e, segundo ela mesma, passou a perdoar, ganhando novo sentido em sua vida. Foi só então que ela deixou para trás a menina assustada, passou a sonhar em constituir uma família e, com o perdão concedido, passou a trabalhar pela paz a partir de sua foto. “Agradeço demais mesmo a Deus por tudo que ele fez na minha vida quando eu era apenas uma menininha. O que aconteceu comigo me deu a oportunidade de seguir viva, com saúde e viver uma benção, que é pode ajudar as outras pessoas”, conclui ela.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Suecos e chineses atentos à situação da Grécia

Os países da zona euro continuam focados em obter uma solução para o problema grego, mas o assunto também desperta interesse fora da moeda única. Os encontros dos líderes europeus têm sido seguidos pela imprensa de países que não pertencem à moeda única. É o caso da Suécia e da China. A Antena 1 ouviu dois jornalistas destes países para perceber como é visto este assunto por suecos e chineses. O repórter sueco explica que na Suécia há preocupação e interesse no tema. Os suecos sentem-se aliviados por não fazerem parte da zona euro e consideram que esta situação não promove uma boa imagem da moeda única. A jornalista chinesa aponta o interesse dos habitantes do seu país quanto ao euro e à renegociação da dívida grega. Os investidores privados também estão bastante atentos aos desenvolvimentos deste tema.

GAPPA pede as autoridades angolanas para revelarem paradeiro de ativistas e jornalistas detidos

O Grupo de Apoio aos Presos Políticos Angolanos (GAPPA) pediu no domingo às autoridades para informarem onde estão ativistas dos direitos humanos detidos em Luanda no fim-de-semana e lhes permitirem o acesso a advogados. Emidio Manuel do GAPPA, em declaração a RDP Africa, diz que existe uma intenção sistemática de deter as pessoas que se encontram no local das manifestações, sejam eles activistas ou jornalistas. Este membro do GAPPA alerta que os detidos não estão todos no mesmo local e as informações dadas pelas autoridades não correspondem a realidade. O Serviço de Investigação Criminal angolano justifica em comunicado as detenções com a suspeita do ativistas estarem a preparar atos para alterar a ordem e a segurança pública do país. A unidade de investigação sob tutela direta do Ministério do Interior informou ainda que as detenções, aconteceram em flagrante delito e sob mandado, aconteceram em Luanda e resultaram de várias diligências, tendo sido apreendidos vários meios de prova. Estas detenções acontecem no dia em que o ministro da Economia, Pires de Lima participa no fórum empresarial Angola. Um evento que vai reunir na capital angolana cerca de 400 empresários dos dois países para discutir investimentos comuns em Angola e Portugal.

Detidos 1140 suspeitos de utilizar Internet para abuso de crianças

Foram detidos nos Estados Unidos 1.140 suspeitos de crimes de abusos sexuais de crianças. As detenções são o resultado de dois meses de investigação. Os suspeitos utilizavam a Internet para aliciar os jovens para práticas sexuais, pornografia infantil e redes de turismo sexual.

Burundi e Eritreia no topo do Índice de Fome Global

O Burundi está no primeiro lugar do Índice Global da Fome, e ocupa esta posição pelo terceiro ano consecutivo. É seguido pela Eritreia, em segundo lugar, por Timor-Leste, em terceiro, e pelas Comores, em quarto. De acordo com este índice, 850 milhões de pessoas por todo o mundo sofrem de subnutrição crónica, apesar dos progressos no combate à fome – há três anos, o documento registava 26 países com níveis «alarmantes» ou «extremamente alarmantes» de fome. Por regiões, o sul da Ásia e a África subsariana são as que registam os maiores níveis de fome. Por outro lado, os países que mais melhorias registaram desde 1990 incluem Angola, Bangladesh, Cambodja, Chade, Gana, Malawi, Níger, Ruanda, Tailândia e Vietname.

Dhlakama admite ter ordenado emboscada contra o exército em Tete

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, admitiu hoje ter autorizado uma emboscada às Forças de Defesa e Segurança, em Tete, centro do país, para evitar uma nova movimentação das suas tropas e pede uma comissão de inquérito parlamentar. Em declarações à Lusa na cidade da Beira, Afonso Dhlakama, líder da Renamo, disse que a emboscada ocorreu a 14 de Junho, a três quilómetros da base de Mucombeze (Moatize, Tete), que reagrupa o braço militar do partido, e avançou que dos confrontos resultaram 45 mortos do lado das forças de defesa e segurança e nenhum do seu, contrariando dados da polícia que referem apenas um morto e um ferido. "Não posso esconder, dei ordens", declarou Afonso Dhlakama, acrescentando que a sua força se apercebeu da presença das tropas do Governo a quase cinco quilómetros da base. "O comandante perguntou ‘mais uma vez temos de mudar a base porque esses vêm nos atacar?' Eu disse que não, vão ao encontro deles", disse o líder da Renamo, reconstituindo a conversa com o responsável militar da base da Renamo, que alegadamente já tinha mudado três vezes de local para evitar confrontações, e precisando que os combates ocorreram a três quilómetros da unidade. Afonso Dhlakama propõe a criação de uma comissão de inquérito, constituída pela presidente da Assembleia da República e as chefes das bancadas da Renamo e da maioria da Frelimo, para apurar as reais causas do confronto. O líder da Renamo disse que o braço militar do maior partido da oposição sofreu cinco ataques na semana passada, dois em Funhalouro (Inhambane) e em Guijá e Dindisa (Gaza), no sul do país, sem vítimas, e o quinto em Mucombeze, distrito de Moatize (Tete). A polícia descreveu que dois camiões transportando militares e um veículo Land Cruiser equipado com uma metralhadora foram atacados por homens armados, quando estavam envolvidos na operação de abastecimento das posições governamentais, com a morte de um agente e ferimentos noutro. Na semana passada, o porta-voz da Renamo, António Muchanga, chamou os jornalistas para denunciar um ataque a posições da Renamo em Tete, mas afinal, segundo Dhlakama, a ordem partiu dele. O líder do maior partido da oposição voltou a avisar que a sua "paciência está a esgotar-se", devido ao que considera frequentes provocações e ataques militares, e acusou o Governo de manter o país na "incerteza". Entretanto, ameaça retaliar a qualquer ataque governamental a partir de hoje, assegurando que tem aumentado a "pressão e preocupação" dos seus comandos militares para responder a eventuais ofensivas "Eu sou um homem da paz, lutei pela democracia, continuo a lutar e não quero afugentar os investimentos nacionais e internacionais, nem assustar as populações, mas estou cansado das brincadeiras da Frelimo", declarou Afonso Dhlakama. A Renamo não reconhece os resultados das últimas eleições gerais e exige a criação de autarquias províncias em todo o país e gerir as seis regiões onde reclama vitória eleitoral, sob ameaça de tomar o poder à força.

Sírio morre em ataque a ambulância israelense em Golã

Uma ambulância militar israelense foi apedrejada em Golã. O veículo transportava dois feridos sírios. Um deles morreu. Moradores da comunidade drusa na região realizaram o ataque.

Venezuela realizará eleições legislativas em 6 de dezembro

O Conselho Nacional Eleitoral venezuelano anunciou nesta segunda-feira a data das eleições legislativas, um passo esperado há vários meses pela oposição ao governo.

TRANSPORTE URBANO: Meios ferroviários podem ser alternativa

A CRISE que afecta o transporte urbano de passageiros no país pode ser solucionada com a combinação de estratégias que incluam a potenciação do serviço ferroviário, através de automotoras e comboios. Outras soluções, segundo as autoridades do sector, podem ser a introdução de uma tarifa subsidiada e a criação de vias exclusivas para os autocarros de transporte de passageiros, cujo projecto já está em fase inicial de implementação a nível da capital do país. Um estudo apresentado na recente reunião do conselho coordenador de Transportes e Comunicações indica que uma combinação adequada entre a tarifa e o subsídio pode permitir a obtenção de receitas para a adequada manutenção dos meios existentes, bem como para atrair novos investimentos para a área, evitando o agravamento demasiado da tarifa. Estas medidas deverão ser implementadas nas grandes cidades do país, a exemplo de Maputo e Matola, que enfrentam graves problemas de mobilidade devido ao congestionamento do tráfego. Quanto aos chamados meios de transporte de massas, uma prática aplicada nas grandes cidades, a reflexão, que polarizou os debates no quadro da busca de soluções para a crise de transportes urbanos, avança que os comboios e automotoras podem ser uma boa saída, atendendo às possibilidades económicas do país. Sobre a concessão de rotas, o Governo pretende operacionalizar uma estratégia para melhorar a qualidade de organização e disciplina no exercício da actividade de transporte urbano de passageiros, uma vez que, com esta ideia, o mercado estará garantido. Estas actividades poderão ser acompanhadas pela criação de um centro operacional de comando, uma unidade digital a funcionar via satélite para a transmissão de dados que poderão proporcionar inúmeras vantagens, como a promoção de segurança através da monitoria das acções dos condutores, controlo dos horários, rotas, informação pública através de painéis, etc. A realização do estudo visando atenuar a crise de transportes nas cidades seguiu-se à constatação de que a intervenção financeira no sector dos transportes urbanos, além de ser insustentável no médio e longo prazo, é ineficiente do ponto de vista de alcance de objectivos, pois não estimula a entrada de mais operadores no sector. Dados em nosso poder indicam que nos últimos quatros anos, 2010 a 2013, o Governo desembolsou pouco mais de 1.6 bilião de meticais em subsídio de transporte. Ao implementar esta estratégia o Governo objectivava tornar possível a manutenção do preço do gasóleo abaixo do seu nível de mercado, de forma a evitar o seu impacto em termos económicos e socais, compensando as gasolineiras com o diferencial de preço ou então perdas de receitas. O estudo a que o “Notícias” teve acesso indica igualmente que as gasolineiras e os transportadores públicos privados foram compensados no período de 2010 a 2013, em 3.641.84 milhões de meticais. Com a opção pelas compensações às gasolineiras e aos transportadores, de acordo com o estudo, o Executivo tinha por objectivo evitar o agravamento da tarifa de transporte e, ao mesmo tempo, assegurar a atractividade do sector para mais investidores e consequente aumento da oferta deste serviço público. Contudo, quatro anos depois a avaliação feita ao impacto destas medidas indica que não foram atingidos os resultados, a componente oferta de transporte e qualidade continuam aquém do desejado.

Rejeitámos negociar com os portugueses de cá (2.ª parte) – conta Joaquim Chissano, Ex-Chefe do Estado

APRESENTAÇÃO nesta edição a segunda e penúltima parte da entrevista em que o antigo Presidente da República Joaquim Chissano reflecte sobre algumas questões marcantes no percurso de 40 anos de Moçambique independente. Joaquim Chissano, primeiro-ministro do Governo de Transição (que conforme os Acordos de Lusaka integrou quadros de Portugal e da FRELIMO), ministro dos Negócios Estrangeiros nos tempos de Samora Machel e Presidente da República de 1986 a 2004, aborda, nesta parte, a interacção entre representantes do Estado português e da FRELIMO durante o Governo de Transição e alguns contornos da diplomacia moçambicana desde a proclamação da independência. Afirma, por exemplo, que os principais países ocidentais primeiro hesitaram em aceitar estabelecer relações diplomáticas com Moçambique, manifestando reservas em relação às opções políticas do Governo. Vai, nas linhas que se seguem, o diálogo com o antigo Chefe do Estado: Not. - Retenho uma afirmação, senhor Presidente, em que disse que a delegação portuguesa às conversações de Lusaka não estava mandatada em relação a alguns assuntos. Mas gostaria que descrevesse um pouco o clima no decurso das negociações no que diz respeito à confiança entre as partes. JC - Havia muita desconfiança da nossa parte. Isso porque quem estava a dirigir o Governo em Portugal era o general Spínola, um homem em quem nós não depositávamos nenhuma esperança nem confiança. Not. -Porquê? JC - Porque ele tinha um plano que foi tentado mesmo pelo general Costa Gomes, que era um bocado mais à esquerda. Costa Gomes veio a Moçambique tentar alimentar a ideia da FRELIMO de dentro e tentou enviar uma delegação para convencer a FRELIMO a parar com a guerra para que haja uma negociação da independência com a FRELIMO de dentro. O plano de Spínola não era ver Moçambique independente de forma total e completa. Desfizemos essas ideias porque as pessoas que eles enviaram compreenderam logo o que os portugueses pretendiam, pois já eram nacionalistas e juntaram-se a nós. Tínhamos a desconfiança, sim, mas apesar disso tínhamos de avançar. Só para descrever o cenário: em Lusaka tínhamos uma mesa, não a das conversações, mas aquela onde se encontrariam as negociações, em que as duas delegações quando entrassem tomavam um e outro lado da mesa. E então quando chegasse o Presidente Samora estenderia a mão para cumprimentar a contraparte ali atravessando a mesa. Mas Mário Soares (então ministro dos Negócios Estrangeiros português), que certamente também já tinha ensaiado e tinha visto noutras negociações, ele que é socialista, deu a volta à mesa, ignorando o formal estender da mão do Presidente Samora e disse: o que é isso? Dá cá um abraço”. Ele estava com esse gesto a dizer que ele já não era um inimigo, mas um camarada como nós. Então aí ele próprio procurou tornar leve o ambiente. Mas nós ficámos sempre atentos, porque esse carinho podia ser uma maneira de nos levar a concluir facilmente que estávamos a seguir o mesmo objectivo, quando na verdade podia não ser. Not. - Esse gesto de Mário Soares fez uma distensão efectiva no decurso de todas as negociações? Sei que as conversações foram interrompidas e a parte portuguesa teve de regressar a Lisboa antes de o acordo ser selado… JC - Sim, voltaram porque não tinham todas as condições para negociar connosco. Voltando ao gesto de Mário Soares, o que foi bom com ele é que podíamos discordar dos pontos que discutíamos a sorrir. A importância do gesto de Mário Soares, que chefiava uma delegação que incluía alguns conhecidos nossos, como Otelo Saraiva de Carvalho, foi sabermos também dos limites do mandato que eles tinham nas questões que íamos abordar. Por isso, nesse primeiro encontro só se deu tempo para a delegação portuguesa regressar a Lisboa e repensar e buscar novo mandato. Assim foi e quando regressaram, com novo mandato, já não era Mário Soares a dirigir a delegação; era o Melo Antunes (ministro sem pasta no Governo de Spínola). Mas devo dizer que não foi logo de imediato. Entre este momento e os contactos iniciais houve muitos outros passos, como enviarmos o Aquino de Bragança a Lisboa, o Óscar Monteiro a outros lugares da Europa para se encontrar com delegações portuguesas. A partir desses contactos combinou-se um encontro com o Presidente Samora Machel em Dar-Es-Salaam, em que uma delegação, que incluía Mários Soares, conversou com ele. E à parte houve um outro encontro com os militares portugueses, com Melo Antunes presente, que culminou com um segundo encontro em Dar-Es-Salaam, onde se tomaram decisões importantes que foram materializadas no âmbito dos Acordos de Lusaka. Isso já se deu depois da tomada de Omar (Namatil), onde os soldados portugueses se renderam porque já não queriam combater. Portanto, a criação de confiança foi isso. Not. - O entendimento entre a FRELIMO e o Governo português em Lusaka trouxe ressentimentos em alguns sectores dos colonos, os chamados “ultra”, que criaram distúrbios em 1974 em Maputo. Ainda estavam em Lusaka quando chegaram as notícias. Qual foi a reacção da delegação da FRELIMO? JC - Quando isso chegou a Lusaka a delegação portuguesa já tinha partido. Nós ainda estávamos lá e a prepararmo-nos para abrir os champanhes com os jornalistas moçambicanos que cobriram as conversações, que já estavam a festejar connosco a vitória. Foi nessa altura que soubemos que a Rádio Moçambique (Rádio Clube na época) tinha sido tomada. Então dissemos aos jornalistas para continuarem com o champanhe, enquanto nós recolhíamos para resolver a situação, para nos informarmos melhor e traçarmos estratégias. Porque já as delegações estavam a caminho de Maputo (os portugueses) e para o norte do país (os da FRELIMO) para darem instruções sobre o cessar-fogo que tinha de acontecer à 00.00 hora, com esta notícia mandou-se parar tudo. Apesar de os preparativos se terem mantido, o Presidente Machel conseguiu uma ligação telefónica com o general Spínola exigindo que este resolvesse o que se estava a passar em Maputo, porque o que estava a acontecer, disse o Presidente Samora, correspondia ao plano de Spínola. Ele falou bastante, dizendo a Spínola que ele era um colonialista e que nós não aceitávamos esse plano dele. O Spínola ficou ofendido e disse a Samora “eu não entendo a língua que o senhor está a falar”. O Presidente Samora disse-lhe bem alto que a língua se chamava Português. Obviamente que Spínola ouvia e entendia. Not. - O que é que iria acontecer se não parassem os distúrbios em Maputo? JC - O Presidente Samora deu um prazo de 24 horas para que o Spínola resolvesse a situação, sublinhando-lhe que os nossos homens ainda estavam de armas nas mãos e em todas as posições, pelo que o cessar-fogo podia ser interrompido e os combates continuariam. Spínola prometeu fazer alguma coisa, mas na verdade a coisa foi resolvida localmente pela população, que marchou com pedras e com mãos vazias, barricando carros a caminho da rádio para repor a ordem. De qualquer modo se os portugueses não tratassem do assunto nós trataríamos com a continuação da nossa luta até conseguirmos o nosso objectivo que era liberar esta terra e os seus filhos. Not. - Integrou o Governo de Transição, saído no âmbito dos Acordos de Lusaka, e teve que lidar diariamente, no período que faltava para a proclamação da independência, com antigos inimigos. Com a composição do Governo de Transição, em que estavam nele guerrilheiros acabados de vencer no campo de batalha e senhores de um país por tantas décadas, não havia fricções ou animosidades no seio desse Governo? JC - Na verdade o Governo de Transição funcionou lindamente, posso assim dizer. Not. - Estava à espera disso? Foi o primeiro-ministro do Governo de Transição… Estávamos à espera que assim fosse, sim, por causa do espírito de Lusaka, em que se criou aquela confiança a que me referi. Entendemo-nos porque o papel de cada um estava claro e os interesses de cada uma das partes estavam também claros. Da parte portuguesa, por exemplo, o alto-comissário tinha como papel zelar pelos interesses do Estado português e dar confiança à população portuguesa que ainda estava no país e representar Moçambique no plano exterior. Isso acontece uma vez que nós ainda não éramos um Estado reconhecido, pelo menos do ponto de vista formal, podemos assim dizer, porque a independência ainda não tinha sido proclamada. Portanto, tudo que era assunto internacional tinha que passar pelo alto-comissário e assim foi. Evidentemente que havia de consultar o Governo de Transição antes de tomar alguma decisão. Trabalhámos bem em tudo. Posso citar até um exemplo que parece pequeno mas significativo que é o da retirada das tropas portuguesas, que ainda cá estavam, dos seus equipamentos, em que negociámos aquilo que devia ficar aqui e o que eles podiam levar. Havia coisas que não podiam levar, como paióis, hangares, quartéis, enfim as infra-estruturas… Not. - … e depois veio o 25 de Junho de 1975, senhor Presidente. Um dos grandes desafios que o novo país teve no campo diplomático, depois de a independência ter sido conquistada num contexto da Guerra Fria, em que o movimento de libertação, praticamente, já se tinha definido ideologicamente e ao mesmo tempo houve muita propaganda negativa contra a FRELIMO primeiro e contra o Estado moçambicano depois. Como é que se conseguiu colocar as pedras no tabuleiro e estabelecer relações com alguns países… JC -… com os Estados Unidos, é isso? Not. - Estados Unidos e outros de visão ideológica antagónica ou aparentemente antagónica. JC - Foi fácil em termos de princípios. Declarámos os nossos princípios mesmo na nossa constituição, em que dissemos claramente que a nossa política era fazer amigos com todos os países e que não havíamos de dar privilégios, seja a que país fosse e trataríamos todos por igual dentro do grande conceito de igualdade entre os Estados. Queríamos cooperação, porque reconhecíamos que nenhum país podia viver só em si. A independência significava o relacionamento com outros países dentro da sua independência. Portanto, a cooperação exigia independência e é essa a política que nós levámos a cabo e convidámos todos os países. No dia da proclamação da independência, o acto que se seguiu à tarde foi o de receber credenciais (diplomáticas). Há países que hesitaram, que não quiseram, pelo menos naquela altura, entregar credenciais imediatamente, como é o caso de grandes países ocidentais. Inglaterra, Estados Unidos da América e RFA (a antiga Alemanha Ocidental no contexto da divisão da Alemanha após a II Guerra Mundial), por exemplo, não apresentaram credenciais. Not. - Estes países foram convidados e estiveram representados na proclamação da independência? JC - Foram convidados e vieram. Tinham consulados aqui e estiveram. Portanto, não houve nessa altura estabelecimento de relações diplomáticas com esses países e com alguns deles as coisas arrastaram-se por muito tempo. Como ministro dos Negócios Estrangeiros a minha tarefa foi insistir em convidá-los. Primeiro queriam saber qual é a política que Moçambique ia seguir, porque pensavam que nós seguiríamos a União Soviética e que se assim fosse seríamos controlados pela União Soviética, etc., e por isso eles tinham que estudar as suas estratégias. Então essa era nossa tarefa no Ministério dos Negócios Estrangeiros, convencer esses países que o que nós queríamos era a amizade e que esquecíamos aquela cooperação que eles tinham com o Governo português durante a nossa luta armada de libertação nacional e que não interferiríamos na relação que eles continuavam a ter com o Governo português em assuntos que não nos diziam respeito, como é a questão daquela base nos Açores (base das Lages), que era um assunto entre o Governo português e os Estados Unidos. E de facto esse não era nosso problema e só seria se mexesse com a nossa independência. Nem a base nos Açores nem as bases soviéticas no Oceano Índico eram nosso assunto, apesar de que nós apoiávamos a desmilitarização do Oceano Índico. Estávamos preocupados em desenvolver relações bilaterais e quiçá através dessas relações bilaterais podíamos contribuir de forma construtiva para assuntos que dizem respeito às relações globais. Contudo, mais tarde todos os que hesitaram vieram ter e estabeleceram relações diplomáticas connosco. Not. - É neste contexto que o Governo de Moçambique conseguiu, estava o senhor na Presidência, mais recentemente, estabelecer relações diplomáticas com Israel, por exemplo? Israel é arqui-inimigo de um amigo de Moçambique, a Palestina, que tem com Moçambique uma amizade nascida da política de solidariedade activa que o Presidente Samora pôs em prática… JC - Não, não! Foi no contexto de que nós queríamos ser amigos de todos. Mas no caso de Israel nós não cooperávamos, enquanto não se reconhecesse a Palestina. Portanto, era preciso que houvesse reconhecimento da Palestina por parte de Israel. Foi na altura em que as duas partes chegaram a um acordo de mútuo respeito, ainda no tempo de Arafat (Yasser Arafat, falecido presidente da Autoridade Palestina). Então, houve um certo entendimento entre a Palestina e Israel e então nós decidimos acolher aqui uma embaixada da Palestina, que até hoje está cá. É por causa desse reconhecimento. É como aconteceria com as Coreias. Como as duas partes são internacionalmente reconhecidas pelas Nações Unidas, cooperámos com ambos. A questão de Israel pode ser tida como diferente por causa de avanços e recuos na busca de soluções entre as duas partes, mas há um reconhecimento mútuo em que existe uma Autoridade Palestina e um Governo de Israel que se inter-relacionam no que lhes diz respeito. Foi nessa altura que nós aceitámos que pudéssemos ter relações com Israel. Aliás, depois de Camp Davids, em que os egípcios e os americanos se reuniram para o desanuviamento das tensões naquela zona nós continuámos a apoiar a causa palestina. Not. - Num contexto como o actual, em que as alianças ideológicas têm pouco peso na relação entre os Estados, qual é o rumo que o Estado moçambicano deve tomar no contexto diplomático. JC - Nós devemos tomar, conservar e continuar a seguir aquele espírito de neutralidade e não alinhamento que nos caracterizou sempre e caracterizou igualmente os países africanos de uma forma ampla. Portanto, definimo-nos como não-alinhados em relação ao bloco do leste ou o bloco do oeste. Hoje nós não facilitaríamos a recriação de blocos ideológicos, pois cada povo deve desenvolver a sua própria ideologia mesmo que empreste princípios de ideologias que existiram outrora. Por exemplo, eu continuo a acreditar no socialismo na forma, embora pense que o socialismo não se possa aplicar de uma vez. Podemos ter formas capitalistas de governação ao mesmo tempo que nós resolvemos os problemas sociais que são os problemas de trazer maior igualdade, maior inclusão, etc., etc. Eu até costumo dizer que há coisas do socialismo que são praticadas mais rápido pelo capitalismo. No capitalismo também se tem tratado de problemas relativos ao trabalho, as lutas dos movimentos sindicais e os problemas resolveram-se quando os países socialistas queriam resolver de uma outra maneira, de uma outra via.

Norte auto-suficiente no milho branco

OS mercados da zona norte do país destacaram-se na semana passada pelo facto de quase todos estarem a comercializar milho produzido localmente. O Sistema de Informações de Mercados Agrícolas (SIMA), órgão do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, refere que no Niassa o distrito de Cuamba tinha à venda milho de produção local. No entanto, o milho encontrado à venda na cidade de Lichinga tinha como origem o distrito de Sanga. No mercado da cidade de Cuamba foram encontrados grandes volumes de feijão manteiga e catarino provenientes do distrito de Gúruè, onde a lata de 20 litros custou 500,00Mt e 550,00Mt, respectivamente Em Cabo Delgado, o mercado da cidade de Montepuez tinha à venda milho de produção local, concretamente do posto administrativo de Mapupulo, onde foi comprado a 7,00Mt/kg ao produtor. Na Zambézia, a cidade de Quelimane recebeu milho dos distritos de Milange e Morrumbala, onde a lata de 20 litros custou 110,00Mt e 120,00Mt, respectivamente. Na cidade de Nampula foi encontrado milho adquirido no distrito de Milange e Alto Molócuè (província de Zambézia), onde o preço pago ao produtor foi de 6,00Mt/kg e 7,00Mt/kg, respectivamente. Por seu turno, no mercado municipal da cidade de Mocuba deu entrada milho do distrito de Lugela, onde custou 5,00Mt/kg ao produtor. Este preço subiu comparativamente ao valor praticado nas semanas passadas. O facto deve-se à presença de compradores de fora do distrito que estão a pagar melhor preço. No entanto, o mercado da vila de Alto Molócuè tinha milho adquirido no posto administrativo de Nawela – considerado o celeiro do distrito devido ao seu alto potencial agrícola. Em termos de preço, segundo o SIMA, merecem destaque as variações de preços observados no mercado de Massinga, onde a nível grossista houve a subida em +44% no preço do amendoim pequeno sem casca nacional, que passou de 34,00Mt/kg para 48,84Mt/kg. No mercado grossista da Beira o preço do milho subiu em +22%, passando a custar 7,86Mt/kg. A nível do retalhista realça-se que o mercado de Mocuba, que registou uma subida de +46% no preço do milho, significando que o consumidor passou a pagar 10,00Mt/kg. A cidade de Xai-Xai também registou uma subida de +25%, e o consumidor passou a pagar 14,29Mt/kg. O feijão-nhemba também registou subida de +33% no preço ao consumidor nos mercados das cidades de Inhambane e Beira. O preço da farinha de trigo nacional subiu em +25% na cidade da Beira. O preço mais alto foi de 50,00Mt/kg observado na cidade de Chókwè. O mercado do Alto Molócuè merece atenção, pois registou uma descida de -25% no preço do feijão manteiga nacional SUL MANTÉM FLUXOS DE MILHO DO CENTRO A zona sul do país continua a ser abastecida com o milho da zona centro, mais concretamente dos distritos de Nhamatanda e Gorongosa, na província de Sofala. Na semana passada, no mercado de Nhamatanda existiam grandes volumes de grão de milho branco dos postos de Metuchira, Bebedo, Chirassicua, dentro do mesmo distrito. Este distrito abasteceu as províncias do sul e assim como dentro da região. O posto administrativo de Dombe (distrito de Sussudenga) abasteceu o mercado da vila de Sussudenga com milho e o preço da compra da lata de 5 litros variou entre 20,00Mt e 25,00Mt. A cidade de Chimoio deu entrada milho do distrito de Guro, onde a lata de 20 litros custa 120,00Mt. A cidade de Tete tinha milho adquirido no posto administrativo de Macanga (dentro da mesma província), onde o preço de compra foi de 135,00Mt a lata de 20 litros. Já o feijão manteiga vendido no mercado da vila de Sussudenga tinha como origem o posto administrativo de Rotanda, e o preço de compra foi de 100,00Mt a lata de 5 litros. Na cidade de Chimoio foi encontrado feijão manteiga de Gúruè, onde custou 550,00Mt a lata de 20 litros. No entanto, o feijão catarino tinha como origem Angónia, onde foi comprado a 530,00Mt a lata de 20 litros. O distrito de Angónia foi importante no abastecimento de feijão manteiga à cidade de Tete, e o preço de compra no mercado de origem foi de 25,00Mt/kg. No entanto, o feijão-nhemba encontrado à venda na cidade de Tete tinha como origem o distrito de Changara, onde foi comprado a 10,00Mt/kg. O feijão manteiga encontrado no mercado da vila de Alto Molócuè foi adquirido no posto administrativo de Nawela, onde foi pago 25,00Mt/kg ao produtor. O distrito do Ilé foi notavél no abastecimento de feijão-nhemba à cidade de Quelimane, onde o preço pago ao produtor variou entre 12,00Mt/kg e 15,00Mt/kg. Enquanto isso, a cidade de Chimoio tinha à venda amendoim pequeno sem casca produzido no distrito de Tambara, onde a lata de 20 litros custou 510,00Mt. Também foi encontrado amendoim grande sem casca que tinha como origem o posto de Rotanda (distrito de Sussudenga), sendo que o preço pago ao produtor foi de 500,00Mt a lata de 20 litros. A cidade de Tete foi abastecida com amendoim pequeno sem casca oriundo do distrito de Changara (na mesma província), onde custou 35,00Mt/kg.

Município asfalta vias no Khongolote

DECORREM desde a semana passada obras de asfaltagem da estrada que liga a zona de Nkonoluene ao mercado 7 de Abril, no bairro de Khongolote, Município da Matola. A intervenção, que cobre um troço de pouco mais de cinco quilómetros, acontece após a conclusão da construção da base da via, há sensivelmente quatro meses, acção que permitiu a melhoria das condições de circulação de viaturas. Trata-se de uma via que se torna intransitável sempre que chove, restringindo a circulação de “chapas”, com todos transtornos disso resultantes para os munícipes de bairros como Khongolote, Mapandane e 1º de Maio. Segundo Bernardo Dramos, vereador do pelouro de Obras e Infra-estruturas no Município da Matola, a conclusão das obras de asfaltagem daquela estrada vai permitir uma melhor mobilidade e circulação de viaturas ligando os bairros Khongolote e Mapandane, Nkobe, Matlhemele e Boquisso. “O custo desta obra está em torno de 36 milhões de meticais. É uma estrada importante, primeiro porque liga uma zona movimentada à zona da Escola Secundária Bonifácio Gruveta, o mercado 7 de Abril e dá acesso directo à Estrada Circular”, disse o vereador. Na ocasião, a fonte falou ainda construção de mais estradas com enfoque para a de Nkhonoluene/ Mapandane, Mapandane/Nkobe, ambas reabilitadas em pavêt. Na via T3/Boquisso a ser construída em três secções, o troço que liga o terminal de T3 e o Cemitério de Khongolote será asfaltado dentro de dias. “Temos a estrada Khongolote/Mulombela que vai fazer aproveitamento do aqueduto sobre a ponte do rio Mulaúzi que já está em fase de conclusão. São várias estradas que temos que reabilitar e construir e que vão permitir uma melhor mobilidade nos bairros da urbe”, acrescentou. No que concerne à estrada que liga o bairro Nkobe e a Estrada Nacional Número um (EN1), na zona de Molumbela, Dramos realçou a adjudicação do troço que liga Khongolote à EN1 à empresa Abrasive Construções, num investimento de 37 milhões de meticais. Ao todo, o Município da Matola vai investir pouco mais de 178 milhões de meticais na reabilitação e construção de cerca de 80 quilómetros de estrada que vão melhorar significativamente as condições de circulação de viaturas, com enfoque para o transporte de passageiros.

MUNDIAL DE HÓQUEI-FRANÇA 2015: Que venha a Argentina!

MOÇAMBIQUE defronta hoje, a partir das 13.30 horas, a Argentina em jogo da terceira e última jornada do Grupo B do Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins que decorre na vila francesa de La Roche Sur-Yon. Depois de ter garantido a qualificação para os quartos-de-final, os olhos dos hoquistas moçambicanos estão centrados no ataque ao primeiro lugar. Para tal é preciso derrotar a Argentina, país do tango, e uma das candidatas à conquista do título. Motivação é o que não falta no grupo não só pelo facto de ter-se apurado, mas mais pela subida gradual de forma que este conjunto tem vindo a demonstrar, já que diante da Suíça viu-se uma selecção a jogar bem mais solta, a trocar mais a bola e sobretudo mais organizada em termos defensivos, algo que não foi muito notório no primeiro embate diante da Inglaterra. Aliás, Pedro Nunes fez questão de afirmar que contra os ingleses não tinha gostado da exibição, mas que contra os helvéticos tinha ficado com uma impressão bem mais positiva. Refira-se que um triunfo diante da Argentina seria uma vitória dupla, visto que evitaria um cruzamento com a Espanha, líder do Grupo A, nos quartos-de-final. Angola e França, que lutarão pelo segundo lugar no Grupo A, uma delas seria o oponente do conjunto moçambicano. O certo é que hoje a selecção vai jogar solta já sem aquela pressão de atingir os quartos-de-final. CORRIDA NO DIA DE FOLGA O dia de ontem não foi propriamente de descanso para a Selecção Nacional. Por volta das 11.00 horas, os hoquistas fizeram corrida de sapatilhas, um treino que serviu para descomprimir a musculatura após o jogo desgastante diante da Suíça. O treino durou cerca de 20 minutos e foi marcado pela boa disposição. Nem o sol “picante” que incidiu sobre a vila da La Roche Sur-Yon serviu para atrapalhar o preparo físico, tendo em vista o jogo desta tarde. A Selecção Nacional está na máxima força. Os onze jogadores inscritos para este mundial estão clinicamente aptos para a etapa que se segue.

domingo, 21 de junho de 2015

Portal Moz: GP da Áustria: Acidente entre Alonso e Raikkonen

Portal Moz: GP da Áustria: Acidente entre Alonso e Raikkonen: O piloto espanhol e o da Ferrari ficaram de fora do GP da Áustria logo na primeira volta. O Grande Prémio da Áustria ficou já marcado por u...

Dunga evita avaliar punição de Neymar, mas critica árbitros da Copa América

O técnico Dunga evitou neste sábado avaliar a punição de quatro jogos recebida por Neymar, que representa a exclusão do atacante da Copa América, mas criticou os critérios utilizados pelos árbitros na competição. Em entrevista coletiva antes da partida decisiva contra a Venezuela, Dunga pediu igualdade nas decisões da Conmebol e se negou a analisar se a sanção foi excessiva ou justa, deixando o trabalho para o departamento jurídico da CBF, que vai recorrer à Câmara de Apelações da entidade sobre a punição de Neymar

Mulher teve útero retirado por engano em cirurgia de vesícula, diz família

A família de uma mulher de 45 anos acusa a equipe médica da Casa de Saúde Maternidade Nossa Senhora da Glória, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, de ter cometido um erro médico: a cuidadora de idosos Kátia Regina Vargas Araújo, de 45 anos, teve o útero retirado em cirurgia que serviria para a extração da vesícula biliar. Kátia foi submetida ao procedimento nesta quarta-feira, 17. Às 6h da manhã desta quinta-feira, 18, ela ligou para o marido, Arnaldo Pinto Araújo, de 49 anos, dizendo que houve um erro da equipe médica. Algumas pessoas da enfermagem levantaram a hipótese de um engano, já que outra paciente chamada Kátia, que de fato precisava ter o útero operado, aguardava cirurgia no mesmo dia. A família desde então tenta falar com o médico responsável pela operação, mas ele não foi encontrado. Ele é substituto do profissional que ia operá-la originalmente. Segundo Araújo, a mulher sofre com enjoos e aguardava o procedimento, feito através de um convênio entre o hospital, que é particular, e o Sistema Único de Saúde (SUS), desde dezembro do ano passado. A vesícula de Kátia não foi retirada. "Conversei com a minha mulher e ela estava tranquila, mas surpresa com a operação" , disse Araújo. Pais de dois filhos, de 21 e 19 anos, eles são casados há 25 anos, completados nesta quarta-feira. "Olha o presente que eu recebi de bodas de prata: minha mulher internada. Seria bom se a operação tivesse sido a certa", criticou. Desde que conseguiu ver a mulher, na manhã desta quinta, Araújo conta que vem sendo impedido pela equipe do hospital de encontrá-la novamente. Segundo ele, a alta está prevista para esta sexta-feira, 19. Araújo disse também que a operação estava marcada para 28 de maio, mas a Casa de Saúde Maternidade Nossa Senhora da Glória estava fechada. Um dia antes, a Secretaria Estadual de Saúde havia notificado a unidade por diversas irregularidades observadas em vistoria, que acarretavam risco sanitário. Procurada por telefone, a Casa de Saúde Maternidade Nossa Senhora da Glória não atendeu a reportagem até as 14h desta quinta-feira.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

US relações raciais: Seis estatísticas surpreendentes

Os assassinatos reacenderam o debate sobre relações raciais em os EUA. Aqui estão seis estatísticas surpreendentes que ajudam a contar a história. Existem apenas dois bilionários negros em os EUA - apresentadora Oprah Winfrey bate-papo e ex-astro do basquete Michael Jordan. Isto, em comparação com cerca de 500 bilionários brancos. 9,8% mais de 25 anos têm um grau nulo Estudantes negros parecem fazer bem na escola - pouco mais de 30% de mais de 25 anos têm um diploma, em comparação com 27% dos brancos mais de 25 anos. Mas menos de 10% de preto over-25s concluído uma licenciatura, em comparação com 14,4% dos brancos. 75% dos americanos brancos têm apenas amigos brancos nulo Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa de Religião Pública em 2013 pediu uma série de perguntas para avaliar o quão diverso grupos de amizade das pessoas eram. Ele descobriu que enquanto 65% dos negros americanos relataram ter apenas amigos negros, 75% dos americanos brancos disseram que só tinha brancos em seu círculo social. 10,9% desemprego preto nulo O desemprego permanece muito maior entre a população negra , do que o branco. Atualmente 4.8% dos americanos brancos estão fora do trabalho, em comparação com uma média geral de 5,8% 37% presidiários do sexo masculino são preto nulo Figuras com base na população carcerária no final de dezembro 2013 mostram negros americanos como um número desproporcionado de reclusos. Cerca de 32% eram brancos e 22% hispânicos.

Igreja histórica que sediou Dr Rei

Suas origens remontam a 1791, mas foi formado em Charleston em 1816 por membros negros da predominantemente branca Igreja Metodista Episcopal da cidade. Eles se separou para formar a Igreja Metodista Episcopal Africano (AME), mas encontros religiosos de negros livres e escravos eram proibidos e seus fundadores foram rapidamente presos. Em 1822, a Igreja foi novamente um alvo das autoridades depois que frustrou uma revolta de escravos planejada liderada por Dinamarca Vesey, um dos fundadores. Mais de 1.000 pessoas foram presas ao longo do plano e 35 deles, incluindo Vesey, foram executados e da própria igreja foi incendiada. Foi reconstruída em 1834, mas com todo preto Igrejas ilegais, seus membros se reuniram em segredo até que foi reconhecido oficialmente após o fim da Guerra Civil Americana em 1865 - quando o nome de Emanuel foi adotada. Um terremoto em agosto 1886 deixou a estrutura muito danificada. A igreja que está em Calhoun Street, Charleston, lançamento hoje de volta a partir de quando as obras de reconstrução foram concluídas em 1891. nulo A igreja tornou-se um ponto focal novamente na década de 1950 e 1960, quando os líderes negros usou-o como um ponto de encontro no movimento dos direitos civis. Dr. Martin Luther King Jr fez um discurso na igreja em abril de 1962, instando a comunidade negra para se registrar e votar nas eleições. Um ano depois do líder dos direitos civis foi assassinado, sua esposa Coretta Scott King levou cerca de 1.500 manifestantes numa marcha em abril de 1969 a partir da Igreja Emanuel para o hospital local para pedir mais direitos para os trabalhadores do hospital negros.

Dylann Telhado foi acusado de homicídio mais de um tiro Charleston

O homem suspeito de matar a tiros nove pessoas em uma igreja Africano-Americano em Charleston foi acusado de nove acusações de homicídio e uma acusação de porte de armas, segundo a polícia. Suspeito Dylann Telhado, 21, é devido a fazer a sua primeira aparição no tribunal na sexta-feira. A polícia está tratando os assassinatos no AME Igreja Emanuel na quarta-feira à noite na Carolina do Sul como um crime de ódio. Ele foi preso no dia seguinte mais de 200 milhas de distância, na Carolina do Norte e, em seguida, levado de volta para Charleston. South Carolina governador Nikki Haley disse o Sr. Roof deve enfrentar a execução. "Nós absolutamente quero que ele tenha a pena de morte", ela disse à NBC News. Primeira audiência do Sr. Roof está marcada para 14:00 hora local (18:00 GMT), mas é provável que ele aparece através de um feed de vídeo e não em pessoa. As vítimas do tiroteio, que teve lugar durante um grupo de estudo da bíblia, incluído o pastor.

Na Indonésia, vulcão vomita enorme nuvem de cinzas

Monte Sinabung, na ilha de Sumatra, continua a expelir gás e cinzas alto no ar. Milhares de pessoas fugiram de suas casas no início da semana em meio a temores de segurança, mas muitos mais permanecem dentro do que as autoridades consideram ser zona de perigo do vulcão. Até 2010 o vulcão esteve adormecido por mais de 400 anos.

Tóquio homem e seu animal de estimação tartaruga gigante são hit internet

Um homem japonês foi atraindo a atenção nas ruas de Tóquio anda seu animal de estimação tartaruga gigante Africano. Proprietário funerária 62-year-old Hisao Mitani diz que ele tem vindo a tomar seu animal de estimação Bon-chan em caminhadas diárias por vários anos. No entanto, o réptil marcante e seu dono recentemente se tornaram um hit internet, depois de fotos deles andando pela cidade se tornou viral.

Índia, álcool tóxico mata 41 em Mumbai

Pelo menos 41 pessoas foram mortas depois de consumir álcool tóxico na cidade ocidental da Índia de Mumbai (Bombaim), segundo a polícia local. Eles dizem que os moradores de uma favela na área de Malad adoeceu depois de beber o álcool na quarta-feira de manhã. Mais de 20 pessoas estão sendo tratadas em hospitais, em meio a temores de que o número de mortos pode subir. Mortes álcool tóxicos são uma ocorrência normal na Índia, onde as pessoas costumam beber licor barato país. Um suspeito foi detido no último caso. Tayra Khan, esposa de uma das vítimas, disse ao jornal Mid-Day que seu marido foi internado no hospital na quinta-feira depois ", queixou-se de vómitos e dor no estômago". "Ele morreu três horas depois, deixando-me e os meus três filhos pequenos sozinha." Pelo menos 29 pessoas foram mortas depois de consumir álcool tóxico no Estado de Uttar Pradesh, em janeiro. Índia tem testemunhado muitos outros incidentes de mortes álcool tóxico no passado: Cerca de 170 pessoas morreram em 2011 no estado de Bengala Ocidental Pelo menos 30 pessoas foram mortas em Uttar Pradesh em setembro de 2009 Mais de 100 pessoas foram mortas em Gujarat em julho de 2009.

Invasão indiana em Mianmar levanta tensões regionais

Um ataque na fronteira na semana passada por soldados indianos em Mianmar elevou as tensões regionais. A operação incomum alvo insurgentes após o maior ataque rebelde a soldados indianos em duas décadas. O correspondente da BBC Sanjoy Majumder viajou para o estado do nordeste de Manipur, onde o ataque ocorreu. A estrada do distrito remoto de Manipur Chandel a Myanmar está deserta. Não é até uma hora em nossa unidade que nos deparamos com o primeiro sinal de vida: uma patrulha do exército indiano está se movendo lentamente através das montanhas, olhando para a folhagem espessa para qualquer sinal de atividade. Os soldados são da unidade 6 Dogras. No início deste mês, nesta mesma estrada que serpenteia através das montanhas através da floresta espessa, 18 de seus colegas foram mortos em uma emboscada por rebeldes. nulo Uma emboscada em Manipur no início deste mês matou 18 soldados indianos Um aparelho de rádio crepita a vida e o comandante da unidade retransmite as informações que estamos seguros. Alguns quilômetros adiante chegamos ao local do ataque. Um caminhão do exército é quase de lado, completamente carbonizados. Há grandes manchas escuras no chão e de um lado estão os restos mortais de três granadas lançadas por foguetes. "Tenha cuidado," um soldado nos adverte. "Fique no meio da estrada, poderia haver explosivos." 'Fique dentro' A fronteira fica a apenas 25 km (16 milhas) à frente, com as montanhas arborizadas no meio. É aí que os rebeldes vieram e que é onde eles se retiraram depois do ataque. nulo Aldeões em Manipur dizem que estão na borda após os recentes confrontos As aldeias nas imediações do ataque são quase todas desertas, com apenas alguns animais e aves ao redor. Em Darchol, acho que um grupo de mulheres idosas que têm acabado de chegar de seus campos. Eles dizem que estão nervosos após o ataque e com todos os soldados ao redor. "Podemos ouvi-los durante a noite a realização de suas pesquisas", diz Hingam. "Nós simplesmente bloquear nossas portas e ficar dentro de casa." Ela diz que eles não foram autorizados a ir para seus campos nos dias seguintes ao ataque. "Mas depois de nossos líderes conselho da aldeia falou com o exército que cedeu." Grande parte da fronteira é praticamente indistinguível e tão fácil de atravessar. Moré é a última cidade na fronteira com a Índia. Em frente é Tamu, em Myanmar de Sagaing região (da Birmânia). Pessoas de ambos os lados podem atravessar legalmente e tê-lo usado para trocar por anos. No principal mercado de Tamu, manipuris se misturam com o birmanês étnicos. Um dos principais campos de rebeldes está a ser dito, próximo da cidade - mas ninguém está disposto a dizer qualquer coisa sobre isso, ou de fato algo sobre os acontecimentos recentes. "Nós vimos algo sobre isso na televisão, mas nós realmente não sei muito sobre isso", diz uma mulher. A pressão sobre Delhi Índia lançou alguns detalhes da operação militar dentro de Myanmar. nulo Índia aumentou as patrulhas de tropas no estado do nordeste de Manipur após o ataque rebelde Enquanto alguns moradores falaram sobre ter visto helicópteros com soldados pousar perto da fronteira, muitos em Manipur estão questionando a descrição do governo indiano do ataque como um grande sucesso. "Não existem fotos foram liberados para mostrar a extensão dos danos nos acampamentos rebeldes ou de quaisquer órgãos", diz um homem jovem, recusando-se a dar seu nome. "A maioria dos rebeldes têm famílias em Manipur. Se muitos tinham morrido, palavra teria saído. E ele não tem." Relatórios sugerem agora que o ataque pode ter como alvo um par de pequenos acampamentos perto da fronteira. Ajai Sahni, do Instituto de Gestão de Conflitos diz que era uma operação relativamente menor.

Mãe dos EUA diz que ela matou as crianças encontradas em Detroit congelador

Mitchelle Blair foi preso em março, quando os funcionários que exercem uma ordem de despejo encontrou os corpos de um menino, 9, e uma menina, 13, dentro de seu congelador. Dois dos outros filhos da mulher, com idade entre 11 e 17 anos, foram encontrados na casa de um vizinho e colocado em prisão preventiva. Ms Blair, de 36 anos, fez seus comentários na sexta-feira depois que um juiz descobriu que ela era mentalmente competente para ser julgado. Ela disse que ela era culpada e não precisa de mais tempo para pensar sobre sua defesa, a agência de notícias AP. Ela foi acusada de assassinato, tortura e abuso infantil após o chefe da polícia de Detroit James Craig chamado de "terrível descoberta". Um perito médico testemunhou que as duas crianças tinham sido espancados e queimados antes de morrer.

“A música é um veículo transmissor de informação”

A música é o veículo através do qual D’Manyissa pretende comunicar-se com o mundo, passando valores que o ajudam a configurar a paz. Para o efeito, o músico aposta no trabalho em equipa para maximizar a sua arte. A sua música tem um traço apelativo. A exaltação do amor ou da paz não passa despercebido. Porquê? O músico capta factos que acontecem com as pessoas e, através de diferentes tipos de mensagens, tenta transmitir aos diferentes ouvintes. No que diz respeito ao amor, tenho muita veia romântica. Consigo transpor aspectos de relacionamentos nas minhas músicas. O mesmo acontece com a paz, porque acredito ser importante para a sociedade. Com a paz é possível atingir maiores níveis de desenvolvimento. A paz e o amor existem na sua música porque é assim o seu mundo ou, pelo contrário, coloca esses valores pelo facto de o seu mundo não os possuir? Existem e não existem. Se existe, é importante passarmos a mensagem cada vez mais. Precisamos de transmitir o amor aos nossos próximos. Por outro lado, não existe muito, porque, por vezes, acontecem catástrofes na sociedade e ninguém se oferece para ajudar a quem necessita. Em Moçambique, precisamos de nos amar uns aos outros. Uma das músicas que constam do seu repertório é “Tiko dza hombe” (bom país). No seu imaginário, como é esse país? Na verdade, quando pensei no título dessa música estava a pensar num mundo melhor. Procuro mostrar na música que o bem constrói e o mal destrói, e que podemos ajudar-nos uns aos outros com palavras e atitudes. Dessa forma, vamos construir um mundo melhor. Vários autores falaram e falam da paz nas suas composições. No seu caso, não receia que isso se torne num cliché? É fundamental trazer esta temática. Quantas mais músicas existirem que abordam paz, melhor ainda, porque temos de a manter por muito mais tempo. Quanto mais letras que abordem a paz, melhor, porque a música é um veículo transmissor de informação. O que justifica a monotonia nas suas músicas? Preferiria dizer sentimentalismo, em vez de monotonia. Monotonia parece sugerir alguma coisa parada, que não atrai. Não é bem assim. Tenho uma diversidade rítmica nas minhas músicas e todas as músicas lançadas e que já passam nas rádios são diferentes umas das outras. Como é fazer música nesta época em que, com alguns megabytes, se pode ter o CD inteiro de um músico? É um desafio… quando o artista está a produzir, também pensa em ganhar dinheiro. A música é uma arte, mas também é um negócio. Então, é importante que o público saiba consumir o que é autêntico. Só assim podemos suportar os artistas. Frequentou a Escola Nacional de Música. Que contributo aquela instituição tem na sua carreira? Foi muito positivo ter passado por lá. Já tinha um enorme sentimento pela música, mas nunca me havia dedicado. Com a professora Isabel Mabote tive noções de canto e aprendi a cantar. Isso foi muito importante, porque depois me integrei no grupo Jazz Maputo. Se não tivesse noções de canto e trabalhado com Ivan Mazuze, não teria melhorado a minha performance. O país está sedento deste tipo de instituições. Como desenvolver a arte com este impasse? Estamos a avançar. A ECA da UEM já tem formação superior em música. Então, todas as pessoas com vocação podem formar-se lá. Assim, poderemos profissionalizar cada vez mais os músicos. Precisamos de fazer mais, mas já é um bom começo. Devíamos ter criado este tipo de instituições há muitos anos, mas não é tarde. Por que boa parte das suas composições são interpretadas por outras vozes? Quando as minhas músicas são interpretadas por outros cantores, eu estou a partilhar conhecimentos com eles próprios. Não perco nada quando passo as minhas composições a outros cantores. Quando, depois de compor, julgo que a melhor voz para interpretar é a “x” ou a “y”, não tenho problemas em dar a um outro cantor. Passa um pouco por não ser egoísta.

Dançarina de funk pediu ajuda à família horas antes de ser assassinada pelo noivo

Horas antes de ser assassinada na última quinta-feira (16) pelo próprio noivo na casa onde morava em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a dançarina Amanda Bueno, de 29 anos, enviou mensagens para a mãe, Iraídes Maria de Jesus, pelo aplicativo WhatsApp. Aparentando nervosismo, ela dizia que voltaria para Anápolis, município a 55 km de Goiânia onde vive a família, mas afirmou não poder falar sobre o motivo da decisão. "Mãe, por favor, não viaja que eu preciso chegar em casa e te dar um abraço", disse, em tom de choro. "Tá, mãe, está decidido, eu estou indo embora de amanhã para depois, tá bom? Mãe, tem certas coisas que a gente tem que conversar pelo telefone, não pelo WhatsApp. Oh, mãe, eu nem vou te falar o que aconteceu, mas eu tô indo embora. Mãe, não viaja por favor. Eu vou chegar em casa até sábado". A mãe da dançarina disse que desconhecia quaisquer ameaças feitas por Milton Severiano Ribeiro, conhecido como Miltinho da Van, que foi preso e confessou o assassinato. A Polícia Civil suspeita que ele seja ligado a milícia que atua na Baixada Fluminense. O corpo de Amanda, batizada Cícera Alves Sena, foi enterrado às 17h deste domingo (19) no Cemitério Municipal de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, onde a dançarina nasceu. A filha de Amanda, Emilly Cristina Sena, de 11 anos, muito abalada, precisou ser amparada por familiares. Cerca de 40 pessoas acompanharam a cerimônia.

Mãe de pagodeiro famoso foi assassinada ao tentar salvar vida da filha durante briga de vizinhos

A mãe do percussionista Japona, do grupo Imagina samba, foi assassinada quando tentava proteger a filha, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Evandira do Nascimento Firmino, de 57 anos, entrou na frente da filha Sheila quando um vizinho da família, identificado como Vanderlei, saiu de casa e apontou uma arma para as duas, que estavam em uma calçada. Segundo vizinhos, Vanderlei se desentendeu com Sheila por causa de uma manutenção rotineira da Light (Concessionária de Energia Elétrica). Momentos antes do crime, a filha de dona Vavá, como Evandira era conhecida, questionou o suspeito sobre uma piada feita em relação ao pagamento da conta de luz. Revoltados, moradores da rua quebraram a casa do suspeito após a morte de dona Vavá. A televisão do suspeito foi arremessada para o telhado. O genro de Sheila afirma que na casa havia uma mala feita com roupas e uma caixa de munições. A Divisão de Homicídios da Capital fez buscas no local. A Polícia Civil informou que o neto de Vanderlei foi preso com a arma que teria sido usada no assassinato de dona Vavá.

A CBF ganha o apoio da organização da Copa América. A pressão é imensa sobre o frágil Comitê Disciplinar. A prioridade é liberar a estrela Neymar. Mesmo com o constrangedor vídeo em que chama Zúñiga de filho da p…

Em horas, o que era alegria passou a ser novamente constrangimento. A delegação brasileira estava animada na tarde de ontem, no Chile. Ela recebeu de maneira oficial a notificação que Neymar estava suspenso. Mas não como Dunga e toda a delegação esperava. Em vez de dois jogos, apenas um. O brasileiro foi favorecido pelos organizadores da Copa América. Coube a eles definirem se teria um ou dois jogos de suspensão. No ultrapassado regulamento da competição não havia uma regra clara em relação a algo muito importante. Atleta que é suspenso por cartão amarelo e vermelho no mesmo jogo. Em vez das esperadas duas partidas de suspensão, uma só para Neymar, uma das maiores estrelas do torneio. Pagará só pelos dois amarelos seguidos. Dunga ganhou motivos para acreditar que poderá contar com o jogador nas quartas-de-final. Basta o Brasil vencer a Venezuela no domingo. E logo no mata-mata, o capitão do time, o camisa 10 estará presente. Isso apesar do julgamento por parte da Comissão Disciplinar da Conmebol, pelo cartão vermelho. A CBF ganha o apoio da organização da Copa América. A pressão é imensa sobre o frágil Comitê Disciplinar. A prioridade é liberar a estrela Neymar. Mesmo com o constrangedor vídeo em que chama Zúñiga de filho da p... A CBF alegará que ele foi provocado pelos jogadores colombianos. E até pelos bandeiras que o chamaram de 'piscineiro', por se atirar ao chão, simulando faltas. Pela tese do diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, há muitos atenuantes. E ele tem certeza que o atacante pegará pena mínima, um só jogo. E a cumprirá contra a Venezuela. Ou tinha essa convicção. O Canal + da Colômbia escalou um câmera só para acompanhar Neymar no jogo de quarta-feira. E registrou empurrões, provocações por parte do capitão brasileiro. Uma cena é absolutamente vexatória. Depois de trocar tapas com Camilo Zúñiga, o nariz do jogador do Barcelona começa a sangrar. Ele coloca o dedo no nariz e quando sente o sangue, chama o adversário. E apela para o idioma que usa na Espanha. "Muchas gracias, luego me llamas para pedir perdón, hijo de puta. Hijo de puta!" Não é preciso ser um especialista na língua do saudoso Gabriel Garcia Marquez. "Muito obrigado, Camilo. logo me telefona para pedir desculpas, filho da puta. Filho da puta!" Neymar fez questão de não colocar a mão na frente da boca. Queria que seus palavrões fossem divulgados. É como se sentisse inatingível, imputável... Portais do mundo todo já divulgam o vídeo. Esta é a imagem do capitão da Seleção. É assim que ele enfrenta os conflitos dentro do gramado. Agarrando, estapeando e xingando seus marcadores. A referência que Neymar fez, quando pediu para telefonar, foi irônica. Quando Zúñiga tirou o atacante dos dois jogos finais Copa do Mundo de 2014, dando uma joelhada que fraturou uma vértebra do brasileiro, ele se ligou ao brasileiro. E pediu desculpas. Era a essa situação que Neymar se referia. A postura do brasileiro foi muito criticada nos portais da Colômbia. E a cena servirá para embasar a defesa do colombiano Bacca, que também será julgado pelo Comitê Disciplinar da Conmebol. Ele deu um violento empurrão em Neymar. A alegação do atacante é que Neymar não é tão vítima. Pelo contrário. Além de xingar Zúñiga, deu uma bolada em Armero e ainda cabeçada em Murillo. Vários marcadores já acusaram o brasileiro. Ele teria o costume de xingar, provocar, humilhar seus adversários. Até torcedores rivais Neymar não admite que o provoquem. Como aconteceu com um fã do Manchester City, que o chamou de 'piscineiro', por se atirar, fingir receber faltas. 1ap16 A CBF ganha o apoio da organização da Copa América. A pressão é imensa sobre o frágil Comitê Disciplinar. A prioridade é liberar a estrela Neymar. Mesmo com o constrangedor vídeo em que chama Zúñiga de filho da p... A Copa América mostra o quanto a justiça fica em segundo plano na América do Sul. Bacca foi covarde. Empurrou Neymar, muito mais franzino do que ele, por trás, sem defesa. Teria de pegar punição exemplar. Mas o capitão da Seleção e o camisa 10, também. Seu comportamento infringiu qualquer código de conduta ética, disciplinar. Ele provocou a confusão deprimente depois do jogo de quarta-feira. Sua suspensão também deveria passar ao mundo que há lei entre os trópicos. Só que a CBF e a Federação Colombiana de Futebol agem como irmãs siamesas. Pressionam o Comitê Disciplinar da Conmebol. Criado apenas em 2011, ainda está fragilizado, sem força. A possibilidade que tanto Neymar quanto Bacca peguem apenas uma partida é grande. Os organizadores da Copa América também não querem ficar sem a segunda maior estrela do torneio. A primeira é Messi. Mas Neymar vem em segundo. Estando em todas as propagandas da competição. A CBF brinca com a inteligência alheia. Diz que houve abuso de autoridade do juiz Enrique Osses, o bandeirinha Carlos Astroza e até mesmo o quarto árbitro Néstor Pitana. Todos teriam entrado em campo para desestabilizar, tirar a paz de espírito de Neymar. É vergonhosa essa postura. Jornalistas que estão no Chile garantem que o lado político pesará no julgamento. Será enorme surpresa se Neymar ficar fora nas partidas eliminatórias, a partir das quartas de final. Lógico que, se o Brasil conseguir se classificar. A CBF ganha o apoio da organização da Copa América. A pressão é imensa sobre o frágil Comitê Disciplinar. A prioridade é liberar a estrela Neymar. Mesmo com o constrangedor vídeo em que chama Zúñiga de filho da p... Robinho, que rasgou a camisa de Bacca defendendo Neymar, está animado. Poderá ganhar entrar no lugar do parceiro contra a Venezuela. Deixaria assim sua maior função na Seleção durante a Copa América: tocar pandeiro. O clima entre os jogadores e os repórteres que cobrem a Seleção no Chile está péssimo. Os atletas reclamam da falta de apoio da imprensa nacional. E que todos deveriam estar principalmente do lado de Neymar. É a velha questão já levantada na Copa do Mundo. Vários atletas, liderados por Daniel Alves, acreditam que a função dos jornalistas brasileiros é defender a Seleção, não importando o que aconteça. O problema é que estão acostumados demais com assessoria de imprensa. Não percebem que a responsabilidade da imprensa é relatar o que acontece. A primeira experiência de Neymar como capitão da Seleção em uma competição oficial está desastrosa. Falado à ESPN, Sônia Román, ex-psicóloga do jogador no Santos dá a receita. Para ela, o jogador deveria cobrar Dunga. E ter Robinho como parceiro no ataque. Que se esqueça de Tardelli e Firmino. É com o santista que ele se sente bem. A CBF ganha o apoio da organização da Copa América. A pressão é imensa sobre o frágil Comitê Disciplinar. A prioridade é liberar a estrela Neymar. Mesmo com o constrangedor vídeo em que chama Zúñiga de filho da p... "Ele está irritado, sente que precisa resolver, precisa fazer mais. Sozinho não vai conseguir. Precisa, literalmente, chamar na chincha. Não pode ser bobo do treinador. Já está na hora de parar com essa submissão ao técnico, ele não é cobrado como um jogador normal. O que o Robinho está fazendo no banco? Os dois juntos podem fazer mais, ele não pode ser o herói sozinho de uma seleção." Sim, Sonia defende que além do comportamento arrogante, dos palavrões do egocêntrico de Neymar aos adversários, ele 'chame na chincha' Dunga. E exija Robinho ao seu lado entre os titulares. Ou seja, escale a Seleção. É só isso que faltava. Mas ela falou mais. "Ninguém comete excessos à toa. Milhões de brasileiros em cima do menino não vai legar a lugar nenhum. Falta motivação aos outros dez, falta psicologia. Toda vez que ele é muito marcado, se irrita, não consegue resolver como sempre e se estressa. Talvez as questões da CBF extracampo estejam incomodando no ambiente." Para ela, a prisão do Marin e a investigação na CBF o têm atrapalhado.