domingo, 25 de outubro de 2015

POUCO mais de duzentos agricultores das provincias de Maputo, Gaza e Inhambane beneficiaram de uma formação em novas técnicas de produção de plantas tolerantes à seca e resistentes às bacterias. A capacitação está a ser ministrada pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) em parceria com Universidade Eduardo Mondilane (UEM) e a Direcção Nacional de Extenção Agrária de Moçambique (DNEA), numa inicitiva que visa fazer face à problemática das mudanças climaticas. A instrução está inserida num projecto designado BLEANSA (Bulding a Large EverGreen Network for Southern Africa), que visa promover uma agricultura ambientalmente sustentável e que valorize a conservação da terra. O projecto visa igualmente minimizar a problemática da insegurança alimentar provocada pelos diversos efeitos negativos das mudanças climáticas e incentivar o cultivo de plantas que toleram a seca e resistem às pragas. Atráves desta iniciativa, os camponeses aprendem as novas técnicas necessárias e através da transferência de tecnologias ministradas pelos especialistas das três instalações que implementam o projecto para melhorar a produtividade, particularmente de fruteiras naturais e exóticas. Para além da formação, foram construidos diversos campos de ensaios onde são feitos as demonstrações de produção de plantas. Nestes locais é explicada maneira de preparação de solos, a sementeira e como preoceder face ao ataque de pragas. A ideia é criar condições para que os agricultores passem a conhecer todos os procedimntos de produção de mudas, desde a identificação de solos, fazer misturas, o enchimento de vasos, rega nos vasos enchidos, a sementeira e depois a tranferência das plantas para a réplica e posterior produção. A formação está a ser ministrada para agricultores de algumas localidades dos distritos de Magude, Manjacaze e Zavala, nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane respectivamente. Para além de promover a formação dos agricultores, o projecto BLEANSA está a incentivar a piscicultura através do financiamento da construção de tanques piscícolas, uma actividade apenas realizada no distrito de Zavala. Neste sentido foram abertos quatro tanques piscícolas com diferentes dimensões, desde 10 por 50 metros e 20 por 50 metros com uma capacidade para 2500 e cinco mil alivinos respectivamente. Esta actividade está a ser implementada com vista a alargar a capacidade de fornecimento de peixe, cuja disponibilidade começa a reduzir no distrito de Zavala.

Carteira Movel expande serviços financeiros

Com vista a massificar o uso dos serviços financeiros básicos no seio da população moçambicana, a Carteira Móvel, uma empresa participada pela mcel-Moçambique Celular, assinou recentemente, um memorando de entendimento com o Instituto Nacional da Juventude, através do qual disponibiliza a sua plataforma para a criação de contas de Pequenas e Médias Empresas (PME), para efeitos de pagamento dos empréstimos aos jovens beneficiários de diversas iniciativas desta entidade. Ainda à luz deste memorando, o Instituto Nacional da Juventude poderá usar o portal de Super Agente para a gestão da cadeia de pequenos empreendedores envolvidos no negócio de moeda electrónica da Carteira Móvel. Igualmente, os jovens beneficiários do Fundo de Apoio às Iniciativas Juvenis e do Pró-Jovem, implementados pelo Instituto Nacional da Juventude, poderão ter acesso a todos os produtos e serviços da Carteira Móvel como complemento às suas actividades correntes. Para Abubacar Chutumia, Presidente do Conselho de Administração da Carteira Móvel, a assinatura deste memorando de entendimento constitui um passo importante rumo à inclusão financeira dos cidadãos, em particular os jovens beneficiários das iniciativas do Instituto Nacional da Juventude. “Os jovens, onde quer que estejam, poderão ser utilizadores ou provedores dos serviços da Carteira Móvel, contribuindo para que mais cidadãos tenham acesso aos serviços bancários, que é uma das apostas do nosso Governo”, disse o Presidente do Conselho de Administração da Carteira Móvel. Mais adiante, Abubacar Chutumia realçou o facto de este ser o primeiro memorando de entendimento que a Carteira Móvel assina com uma instituição pública, “o que poderá impulsionar as outras a apostarem neste tipo de serviços”. Por seu turno, o Director-Geral do Instituto Nacional da Juventude, Rui Mapatse, considera que este acordo irá contribuir para a promoção do empreendedorismo no seio dos jovens e inclusão financeira dos cidadãos. “O serviço Mkesh é uma ferramenta que irá ajudar a consolidar o programa de educação financeira, uma componente de formação dos jovens beneficiários dos fundos do Instituto Nacional da Juventude e parte integrante para o sucesso dos empreendedores”, afirmou Rui Mapatse.

Em transporte escolar: Tolerância zero aos vidros fumados

A Polícia Municipal da cidade de Maputo decretou recentemente tolerância zero ao uso de vidros fumados nos carros que se dedicam ao transporte de alunos. A medida surge na sequência das reclamações que o Comando da Polícia Municipal da Cidade de Maputo vem recebendo de pais e encarregados de educação que estão insatisfeitos com a actuação de alguns transportadores a quem confiam o transporte dos seus educandos. Por outro lado, segundo fontes do município, as autoridades da Polícia Municipal pretendem fazer cumprir o Regulamento de Transportes Automóveis que no seu artigo 118 prevê sanções para os veículos que alterem as suas características. Lourenço Chirindza, chefe do Departamento das Relações Públicas da Polícia Municipal da cidade de Maputo, defende que o uso de vidros fumados nas viaturas em causa constitui um perigo, na medida em que se torna difícil fiscalizar as condições de segurança, comodidade e a sua lotação. Como agravante, adianta Lourenço Chirindza, está a poluição sonora que atenta contra a saúde auditiva dos utentes, diariamente expostos a sons ensurdecedores, ao viajarem em autênticas discotecas ambulantes. “Desde o início do ano lectivo, alguns transportadores escolares foram alvo dessas actuações, mas nessa altura a situação não era tão alarmante como é agora porque eram poucas as viaturas com vidros fumados. Têm aumentado carrinhas de transporte escolar com aquelas características”, disse. As sanções passam pela apreensão dos documentos da viatura, cuja devolução ao proprietário é feita mediante a remoção daqueles dispositivos. Esta medida, segundo a fonte, é extensiva aos transportes semicolectivos de passageiros, vulgo “chapas”, de tal modo que até quarta-feira passada cerca de 29 viaturas foram sancionadas, sendo 17 de transporte escolar e 12 de transporte semicolectivo. Para além de medidas coercivas, a Polícia Municipal tem pautado pela sensibilização dos transportadores, através da distribuição de panfletos como forma de desencorajar estas posturas. Na ocasião, Lourenço Chirindza apelou aos transportadores semicolectivos de passageiros assim como aos escolares para evitarem entrar em conflito com as autoridades municipais, e apelou à colaboração dos munícipes na denúncia destas situações à Polícia Municipal através da linha verde. “Apelamos aos transportadores para que tenham uma postura de servidores públicos”, disse.

CIDADE DE MAPUTO: STAE prepara-se para novos desafios

O SECRETARIADO Técnico de Administração Eleitoral (STAE) está já a preparar-se para novos desafios eleitorais a nível da cidade de Maputo, com destaque para a criação de novos postos de recenseamento e votação, face aos novos aglomerados populacionais que vão surgindo um pouco por toda urbe. O facto foi revelado ao “Notícias” pelo director-geral do órgão eleitoral, Felisberto Naife, que ontem terminou uma visita de trabalho de dois dias à capital do país. Segundo a fonte, a cidade de Maputo está a registar grandes movimentações populacionais devido, por um lado, à implementação de grandes projectos urbanísticos, como a construção de prédios ou de vias de acesso (Estrada Circular, por exemplo) e, por outro, aos efeitos nefásticos das calamidades naturais, nomeadamente cheias e erosão, que afectam alguns bairros. Face a estas movimentações, o STAE vê-se obrigado a criar novos postos de recenseamento e de votação nos novos aglomerados populacionais, trabalho que começa a ser desenhado agora, para que o órgão eleitoral não seja apanhado de surpresa no ano eleitoral com este tipo de situações, segundo disse o respectivo director-geral. Na ocasião, Naife mostrou-se satisfeito com o trabalho levado a cabo pela instituição que dirige a nível da cidade de Maputo pois, segundo afirmou, todas as recomendações feitas pela reunião nacional dos órgãos eleitorais sobre o trabalho a ser levado a cabo no período pós-eleitoral estão a ser cumpridas. “Por exemplo, nesta fase “morta” das eleições é necessário apostarmos na criação de infra-estruturas. Na cidade de Maputo está-se a reabilitar a maior parte dos edifícios do STAE existentes assim como se está a construir novos, como é o caso da sede do STAE no DM Ka Tembe”, disse. Entretanto, no âmbito das comemorações do 20.º aniversário do STAE, que esta semana se comemora, o organismo promove hoje, em Maputo, uma feira de saúde. A feira será antecedida de uma marcha que partirá da sede do STAE às 6.30 horas e vai desaguar no Centro de Manutenção Física António Repinga, na baixa da cidade. No evento espera-se a participação dos funcionários do órgão a nível central, da cidade e província de Maputo, para além de membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e outros convidados. Ainda no quadro das comemorações da efeméride será inaugurada segunda-feira, na sede do STAE, uma exposição fotográfica retratando as diferentes fases e evolução do STAE ao longo dos 20 anos da sua existência. A feira vai encerrar com uma palestra sobre saúde e bem-estar. No lançamento das comemorações dos 20 anos do STAE o director-geral do órgão, Felisberto Naife, disse ser principal desafio da instituição a redução do tempo de contagem dos votos assim como da divulgação dos resultados finais das eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais, assim como das autarquias locais. Na ocasião Naife disse que desde a sua criação o STAE sofreu grandes transformações e conheceu muitas melhorias nas suas actividades e que é dentro deste quadro que o órgão tem como principais desafios para os próximos anos a redução do tempo de votação por cada eleitor; a redução do tempo de contagem de votos em cada sufrágio; assim como a redução do tempo destinado à divulgação dos resultados finais de cada votação. Segundo o DG do STAE, também é desafio do órgão dar cada vez uma maior credibilidade aos actos eleitorais, de modo a que os resultados oficiais divulgados não sejam frequentemente questionados, sobretudo pela oposição, tal como tem vindo a acontecer. “Contudo, não é um desafio somente do STAE. É um desafio que para ser ultrapassado tem de se criar confiança entre os concorrentes e o órgão. Essa confiança deve igualmente ser reflectida no seio da sociedade, dos partidos políticos e dos eleitores”, referiu, em resposta a uma pergunta dos jornalistas sobre as medidas que devem ser tomadas para acabar com as contestações frequentes dos resultados pela oposição, sobretudo a Renamo. O STAE assinalou o seu 20.º aniversário no passado dia 21 de Abril mas decidiu assinalar a efeméride este mês de Outubro para coincidir com a passagem do 20.º aniversário da realização das primeiras eleições gerais multipartidárias, cuja votação aconteceu entre os dias 27 e 29 de Outubro de 1994.

Moçambique e Venezuela reforçam cooperação bilateral

O PRIMEIRO-MINISTRO, Carlos Agostinho do Rosário, recebeu ontem em audiência, na capital do país, os enviados do Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, num encontro que serviu para fortalecer as relações de amizade e cooperação entre os dois Estados. “Vimos a Moçambique por uma questão de amizade e solidariedade”, disse o enviado, Samuel Moncada, acrescentando que “trazemos uma mensagem para a área de cooperação que nos foi dada pelo Presidente Maduro”. Segundo Moncada, a Venezuela manifesta a vontade de apoiar Moçambique na busca de uma paz efectiva e duradoira. “Vimos também pela paz, pois a Venezuela é um país que ama a paz e neste caso são bem-vindos temas que têm a ver com a paz e estabilidade”, disse o enviado, sublinhando que por muitos anos Moçambique foi um exemplo mundial na manutenção de paz. “Sabemos que somos dois povos comuns, e também sabemos que Moçambique é um país importante em África. Por isso queremos cooperar em várias áreas, como por exemplo na diplomacia, comunicações, energia e minérios”, acrescentou Moncada. Por sua vez, o vice-ministro venezuelano para Assuntos de África, Reinaldo Boniva, afirmou que o seu país pretende fortalecer, cada vez mais, a cooperação entre os povos dos dois países, pois os mesmos são ligados por traços históricos. “Queremos essa cooperação, sobretudo porque Moçambique é um país líder na região da África Austral e que apresenta um bom crescimento económico”, disse Boniva, adiantando que “somos ligados por um processo histórico comum”. O Governo de Nicolas Maduro, segundo o vice-ministro, pretende fortalecer o intercâmbio na área da educação, sobretudo no Ensino Superior. “Igualmente, queremos fortalecer a área de cooperação na Educação e já falámos com o ministro que opera nesta área, ou seja, queremos estar envolvidos no acompanhamento escolar em Moçambique”, afirmou o vice-ministro venezuelano.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

ANGOLA E BOTSWANA NOS ESFORÇOS DA INTEGRAÇÃO REGIONAL

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos afirmou, esta terça-feira, em Luanda que Angola e Botswana têm vindo a desenvolver esforços no sentido de contribuir para o processo de integração regional de forma harmoniosa. O estadista angolano fez o pronunciamento na abertura das conversações oficiais, no quadro da visita do seu homólogo do Botswana, Seretse khama Ian Khama. Na ocasião José Eduardo dos Santos sublinhou a necessidade do reforço das relações de cooperação bilateral. (RM Angop)

BQ apresenta impressora 3D que pode ser montada em apenas uma hora

As impressoras 3D mais acessíveis do mercado são aquelas que o utilizador tem de montar sozinho em casa. A BQ quis simplificar esse processo ao máximo e conseguiu produzir a Hephestos 2 que em apenas 60 minutos passa de um monte de peças ao ato de impressão. Enquanto o diretor-geral da BQ, Alberto Méndez, apresentava os novos produtos da empresa espanhola, um jovem engenheiro ia montando um dispositivo peça a peça. Rapidamente se descobriu que afinal estava a montar a Hephestos 2, a nova impressora 'do it yourself' da marca. E diz-se rapidamente pois foi de facto um processo veloz tendo em conta que outras impressoras 3D semelhantes levam entre oito a 12 horas a serem montadas. O que a BQ fez foi diminuir ao máximo o número de peças necessárias, o que além de simplificar no processo de montagem, ajuda a poupar tempo. Apesar da melhoria feita no aspeto logístico da impressora em si, a BQ garante que a qualidade de impressão não é afetada. É aliás, de acordo com a marca, superior ao modelo Hephestos i3 pois vários elementos foram redesenhados. Um deles foi o extrusor, que agora consegue expelir os materiais com uma maior precisão e "aguenta praticamente tudo", disse Alberto Méndez. A impressora tem também um novo sistema de controlo de temperatura, o que é importante para lidar melhor com os diferentes materiais que suporta: desde o tradicional PLA aos filamentos de madeira e cobre, por exemplo. Outra grande novidade é que a Hephestos 2 tem um sistema de auto-nivelação da placa de impressão. Quer isto dizer que já não terá de ser o utilizador a calibrar a máquina à mão para conseguir os melhores resultados, a própria impressora faz esse trabalho até uma resolução de 40 microns. Quanto à área de impressão continua bastante generosa: 22 centimetros de altura, 21 centimetros de profundidade e 29,7 centimetros de comprimento. Destaque ainda para o interface renovado, que assenta agora em imagens para uma interação que se quer mais gráfica e mais intuitiva. A Hephestos 2 vai ficar disponível para compra em novembro e tem um preço de 849 euros. Em conferência de imprensa o executivo da BQ Rodrigo del Prado confirmou que este modelo é mais caro que o anterior apenas pelos maiores custos de fabrico, que por sua vez está relacionado com as novidades implementadas. Recorda-se que o kit da Hephestos i3, o modelo anterior, rondava os 500 euros. No evento a BQ apresentou ainda a segunda versão da Witbox, uma solução que pode ser considerada como 'chave na mão'. Todo o equipamento vem montado de origem e goza das mesmas novidades que existem na Hephestos 2, tanto ao nível do extrusor, como no sistema de autocalibragem ou até na melhoria dos circuitos internos que agora dispensam ventilação própria. A Witbox 2 vai custar 1.690 euros e vai ficar disponível no final de novembro.

PROVÍNCIA DE MAPUTO PREPARA-SE PARA A ÉPOCA CHUVOSA

Mais de cinquenta e cinco mil pessoas da província de Maputo poderão ser afectadas por inundação, ciclones e outros desastres naturais a época chuvosa que se aproxima. Para mitigar os efeitos destas calamidades, o Governo da província acaba de aprovar um plano de contingência para fazer face ao período de calamidades naturais. O plano inclui a alocação de meios de busca e salvamento com um destaque para barcos, produtos de primeiros socorros, alimentos e tendas. Segundo o Delgado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades na provincial de Maputo, Rocha Nuvunga, para cobrir estas necessidades, o INGC necessita de treze milhões de meticais para socorrer as vítimas durante seis meses. (RM Maputo)

Governo diz que legalização da associação de minorias sexuais não é prioridade

O ministro da Justiça disse hoje que a legalização da associação de minorias sexuais, que luta por esse direito há oito anos, não é uma prioridade, considerando que "podem fazer o que quiserem" desde que não cometam crimes. "Simplesmente, o Governo não definiu como prioridade tomar conta da vida dos homossexuais, eles podem fazer o que quiserem desde que não pisem na linha vermelha, cometendo crimes", disse à imprensa Abdurremane de Almeida, ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, à margem de um encontro para apresentação do relatório preliminar sobre os direitos humanos em Moçambique, hoje em Maputo. A Associação de Defesa das Minorias Sexuais de Moçambique (Lambda) luta pela sua legalização há mais de oito anos, reclamando o direito de associação, plasmado na Constituição da República de Moçambique. Com a recente revisão do antigo Código Penal, cuja origem remonta ao período colonial, a Lambda viu removida a referência vaga sobre "vícios contra a natureza", um artigo que podia ser usado contra minorias sexuais em Moçambique, no entanto, a organização considerou o gesto "meramente simbólico", defendendo que isso não altera a sua situação e exige a sua legalização. Embora não tenha sido oficialmente reconhecida, mesmo tendo apresentado todos elementos legais necessários, o ministro da Justiça disse que o Governo não está a negar a liberdade de associação, reiterando que isso "simplesmente não consta das prioridades" dos planos económicos e sociais do país. "As nossas prioridades fundamentais são dar comida, emprego, saúde, educação e paz aos moçambicanos e não ver sobre a vida dos homossexuais", declarou Abdurremane de Almeida, salientando que, comparando o país ao vizinho Zimbabué, onde a homossexualidade é proibida por lei, em Moçambique as minorias sexuais são "livres para fazer o que quiserem". Em 2012, a Lambda acusou alguns políticos de homofobia, por não reconhecerem direitos aos homossexuais, alegando razões culturais. Em declarações à Lusa, na altura, o director-executivo da organização, Danilo da Silva, considerou que a falta de coragem política para a promoção dos direitos das minorias sexuais no país contribui para a estigmatização dos homossexuais na educação, saúde e emprego.

ZIMBABAWE DESISTE DE PROCESSO DO CAÇADOR DO LEÃO CECIL

O Zimbabwe anunciou que desistiu de processar judicialmente o dentista e caçador americano que matou em Julho passado o emblemático leão Cecil, alegando que os seus documentos estavam regulares e que não sabia que estava cometendo uma infracção. A Ministra do Meio Ambiente, Opahh Muchinguri, disse à imprensa em Harare, que o dentista sempre será bem-vindo ao Zimbabwe, mas não para caçar. A morte de Cecil, macho dominante do Parque Nacional de Hwange e famosos pela sua juba negra, provocou protestos em todo o mundo por parte dos defensores dos animais. O leão, de 13 anos, tinha um colar com GPS porque era acompanhado por um programa de estudos científicos. (RM Angop)

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Governo ignorou alertas da Agenda 2025 e do MARP

O reitor da Universidade Po­litécnica considera que a não implementação da Agenda 2025 e das recomendações do relató­rio do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP) foi o principal erro político que con­tribui para as constantes tensões políticas no país. Lourenço do Rosário, que fala­va na sexta-feira durante o Fórum de Reflexão sobre a Paz e Desen­volvimento, organizado pela Or­ganização para a Promoção da Paz e Desenvolvimento Humani­tário (ORPHAD) e grupo Soico, disse que houve avisos e recomen­dações ignorados que hoje confir­mam a degradação do ambiente político que estava prevista, atin­gindo mesmo a confrontação ar­mada, que é um dos piores cená­rios na altura advertidos, naquilo que foi então classificado como o “cenário do cabrito”.

Arcebispo de Pemba diz que é tempo de lutar contra as novas escravaturas em Moçambique

Dom Luís Lisboa falou também da paz, mas entende que antes deve existir justiça social. “A paz é fruto da justiça”, lembra O arcebispo da diocese de Pem­ba, Dom Luís Fernando Lisboa, denuncia o que chama de “novas escravaturas” em Moçambique, que se manifestam em várias áreas, uma das quais nas minas, onde, segundo suas palavras, dia­riamente morrem pessoas por falta de condições de segurança, bem como a exploração de mão­-de-obra infantil. “É tempo de lutarmos contra as novas escravaturas, contra o tra­balho escravo que existe mais do que podemos imaginar, que está presente nas minas espalhadas pelo país, onde quotidianamente morrem pessoas por falta abso­luta de segurança”, denuncia o chefe máximo da Igreja Católica em Cabo Delgado e sugere que “precisamos de reagir com o tem­po de emprego digno e de luta contra todo o tipo de exploração e exclusão”. Uma mensagem social, num ambiente religioso, com cen­tenas de fiéis à sua frente e um convidado especial, Filipe Nyusi, que estava entre os que ouviam atentamente a mensagem do ar­cebispo, no sábado, durante a ce­lebração dos 75 anos da Missão de Santa Teresinha de Imbuho, no distrito de Mueda, em Cabo Delgado.

EDM precisa de oito semanas para resolver avaria na subestação da Matola

Oito semanas é o tempo necessário para a substituição da bobine que avariou na subestação do Fomento e teve como consequência a restrição no fornecimento de energia às cidades de Maputo e Matola. Os especialistas, que estão no terreno a trabalhar para minimizar o problema, avançam que houve uma descarga atmosférica que enfraqueceu o transformador e avançam que o mesmo precisa de ser substituído. Os técnicos moçambicanos estão a trabalhar com uma equipa de portugueses - estes últimos pertencentes a empresa que forneceu o equipamento a Electricidade de Moçambique. A informação foi avançada sábado por Pedro Gonçalves, um dos técnicos, durante a visita efectuada pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Pedro Couto, as subestações de Infulene e Fomento.