domingo, 31 de janeiro de 2016

Alunas sul africanas terão acesso à bolsas universitárias se provarem que são virgens

As meninas que provarem ser virgens, terão a oportunidade de cursarem com bolsa, uma Universidade na África do Sul.
Uma cidade da província de KwaZulu-Natal anunciou recentemente que 113 alunos receberiam bolsas de estudo no país.
Apenas 16 delas foram oferecidas, especificamente as estudantes sexualmente inactivas, como parte do programa “Maiden’s Bursary Awards”, que teve início em Janeiro de 2015. No entanto, não se sabe quantos foram beneficiados no ano passado.
Activistas dos direitos das mulheres criticaram o município sul-africano pela atitude, classificando-o como uma “misoginia inconstitucional”.
Sisonke Msimang, consultora de desenvolvimento de políticas em Joanesburgo, afirmou que o programa foi uma péssima ideia e também que ser sexualmente activa e procurar educação não tem ligação alguma.
Jabulani Mkhonza, um porta-voz do município, disse que o programa incentivará as meninas a se manterem puras, se concentrando em seus estudos.
Ele ainda acrescentou que as meninas que ganharem as bolsas de estudo serão “checadas” quando estiverem de férias e que se não forem mais virgens perderão o benefício.


Ex-Presidente da Costa do Marfim vai ser julgado em Haia

O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo torna-se hoje, o primeiro ex-chefe de Estado a ser julgado no Tribunal Penal Internacional, cinco anos após desencadear uma instabilidade política que causou 3.000 mortos.
A sua comparência em Haia é o culminar de agitação q
ue assolou a nação africana quando Laurent Gbagbo se recusou a deixar o cargo, apesar de ter perdido as eleições de Novembro de 2010 para Alassane Ouattara, seu rival de longa data.
A mulher de Laurent Gbagbo foi condenada a 20 anos de prisão em 2015, num julgamento em Abidjan, pelo seu papel nos acontecimentos e, agora, o ex-Presidente da Costa do Marfim enfrenta – tal como o seu aliado Charles Ble Goude – quatro acusações de crimes contra a Humanidade, devido ao plano de estender o seu mandato por 10 anos através de uma campanha brutal de assassinatos e violações.
Os procuradores alegam que, com a polícia, o exército e jovens apoiantes organizados na milícia “Jovens Patriotas”, Gbagbo e os membros do seu círculo íntimo, como Ble Goude, lutaram para permanecer no poder.
Os que morreram ou ficaram feridos foram “vítimas de ataques por parte de forças públicas ou grupos organizados, que actuavam sob o controlo de uma certa hierarquia” sustenta Richard Nsanzabaganwa, do gabinete da procuradoria do TPI.
Durante o julgamento, os procuradores tencionam apresentar 5.300 elementos de prova, incluindo vídeos, bem como 138 testemunhas.


Homem morre em acidente após resolver “se dar prazer” ao assistir vídeo pornográfico enquanto dirigia


Um motorista morreu de forma bizarra após se dar prazer enquanto assistia pelo celular conteúdo adulto e dirigia ao mesmo tempo.

Clifford Ray Jones tirou os olhos da estrada e as mãos do volante, não porque queria mudar a estação de rádio, mas sim porque estava distraído se dando prazer.
O homem de 58 anos morreu em uma rodovia de Detroit, Estados Unidos, na madrugada do último domingo, depois de desviar sua atenção e fazer com que seu veículo saísse da pista.
Ele acabou batendo e como não estava usando cinto de segurança, voou pelo tecto solar de seu carro.
A polícia encontrou o corpo de Jones sem calças.
O tenente Mike Shaw disse que este foi um dos mais bizarros acidentes que ele já ouviu falar.

Entidades lusas dão 33 mil livros a instituições de ensino

Entidades portuguesas doaram hoje 33 mil livros a dez instituições ligadas ao ensino em Moçambique, numa iniciativa que visa aumentar o interesse pela leitura e contribuir para o desenvolvimento da educação no país.
Este é uma forma que as organizações d
a sociedade civil portuguesa encontraram para ajudar o país no sector da educação“, disse hoje à imprensa o embaixador de Portugal em Maputo, José Augusto Duarte, após a entrega da doação, realizada na Escola Portuguesa de Moçambique.
No total, são 15 toneladas de livros diversos, de graus e áreas diferentes, doados a dez instituições moçambicanas, entre orfanatos, escolas e outras instituições ligadas à educação em Moçambique.
Temos a noção de que esta é uma gota no meio do oceano, mas já é um bom passo“, disse o embaixador de Portugal, enaltecendo a importância da educação para o desenvolvimento de Moçambique.
Um bom ambiente de negócios só é possível com a formação de bons quadros“, salientou o diplomata português, acrescentando que “uma pessoa com formação superior tem muito mais capacidades de lutar pela vida e não cair na miséria extrema“.
Por sua vez, Nataniel Ngomane, presidente do Fundo Bibliotecário de Língua Portuguesa, uma das entidades beneficiárias, disse que a oferta constitui um impulso na disponibilização do livro em Moçambique, apontando o acesso fácil ao livro como elementar para o desenvolvimento do país.
Com esta iniciativa, nós estamos a disponibilizar informação e isso é importante para o desenvolvimento de um Estado“, sublinhou Nataniel Ngomane.
Esta é uma iniciativa liderada por um antigo cooperante militar português que esteve na Escola de Sargentos, ao abrigo do acordo de cooperação técnico-militar entre Portugal e Moçambique, e contou com a colaboração da Impala Editores, da Leirilivro, Biblioteca Nacional de Portugal e as câmaras municipais de Leiria, Santarém e Oeiras e Vila Franca de Xira, além do Exército português, que disponibilizou o transporte do material.


Salários de Messi e Neymar vão expelir os cofres do Barcelona

O Barcelona irá ter problemas a nível do fair play financeiro por causa dos salários dos dois avançados daquela emblema, o argentino Lionel Messi e o brasileiro Neymar vão passar a receber na próxima temporada.
Lionel Messi, na próxima temporada irá receber 80 milhões de euros brutos aproximadamente a (3.967 milhões de meticais) e 39.8 milhões líquidos aproximadamente a (1.974 milhões de meticais) por ano e o brasileiro Neymar Jr. irá também sofrer um aumento no seu salário e irá passar a receber cerca de 50 milhões de euros brutos (2.480 milhões de meticais) e 22.8 milhões de euros líquidos (1.131 milhões de meticais), ou seja, é um aumento brutal em termos de salários de uma época para a outra.
Perante este cenário, o Barcelona terá de aumentar as receitas a nível das bilheteiras para tentar cumprir com o fair play financeiro.

Infra-estruturas contentam o crescimento de Boane

O Município
 da vila de Boane investiu no ano passado cerca de 32 milhões de meticais na construção de novas infra-estruturas com vista a dar uma imagem atractiva à autarquia e melhores condições de vida aos munícipes.
A construção do novo mercado, cemitério, Estrada Circular ligando 11 bairros, melhoria do sistema de saneamento e provisão de água potável são algumas realizações que conferem visibilidade à recém-criada autarquia.
Algumas destas obras foram feitas com financiamento do Município e outras com base em parcerias com vários investidores.
Segundo Jacinto Loureiro, presidente do município da vila de Boane, esforços têm sido feitos a cada dia no sentido de desenvolver a autarquia e oferecer os serviços que os cidadãos tanto necessitam.
 “A construção da Estrada Circular de Boane e do novo cemitério são alguns exemplos dos trabalhos que realizámos, que demonstram o crescimento da vila. A estrada vai ajudar milhares de moradores de diversos bairros que faziam longas distâncias a pé para chegarem à vila. Em Boane existia apenas uma área onde se enterrava corpos, no meio de uma mata, e nós achámos que isso não era digno e preparámos um espaço de quatro hectares e erguemos o cemitério”, precisou.
No tocante às actividades económicas, foram concluídos os trabalhos de construção de um novo Mercado Municipal, que já  está em funcionamento, substituindo o anterior, que se encontrava em avançado estado de degradação.
“O novo mercado foi entregue com cerca de 400 bancas, que permitiram integrar vendedores que se encontravam a vender na rua, porque o antigo mercado já não oferecia condições”, explicou Loureiro.
Acrescentou que cerca de 750 vendedores informais foram sensibilizados pelo Município e já se encontram dentro do mercado a exercer as suas actividades sem correr riscos, como acontecia nos locais onde operavam.
Jacinto Loureiro disse que os residentes da vila de Boane ressentem-se também da insuficiência de serviços sociais básicos, como energia eléctrica, Saúde e Educação, apesar dos avanços registados com a municipalização.
Sublinhou que no geral o provimento de água potável melhorou bastante nos últimos tempos, pese embora se registem alguns problemas decorrentes da seca.
Por outro lado, a aquisição de mais contentores e camiões para a recolha de lixo permitiu abranger residentes de vários bairros nos planos de saneamento da autarquia.
Na componente de energia eléctrica, acrescentou, o Município encontra-se de braços atados, uma vez que toda e qualquer acção visando a electrificação dos bairros deve passar por uma concertação com a Electricidade de Moçambique (EDM).

Renamo e o contrapoder

O partido Frelimo é o partido fundador da República de Moçambique,o partido que estabeleceu o estado democrático de direito, tendo como fundamentos: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho, da livre iniciativa,e o pluralismo político.Ninguém nega o mérito, e seria contraproducente recusá-lo.
O partido Frelimo priorizou os anseios mais profundos nacionais, para sedimentar as diferentes fases de governação, tendo no horizonte o pluralismo de ideias e de iniciativa, consagrando o desenvolvimento e a sustentabilidade económica, até ao enfrentamento de uma Renamo , carregada de simbolismo de contrapoder, à  base do terrorismo.
Considero o contrapoder o factor regressão, que pretende condicionar a ordem existente, e nesta perspectiva se a democracia implica governo emanado do povo, este move-se, segundo interesses inconfessáveis.Por isso interrogo, para além do AGP, qual tem sido a contribuição da Renamo para a consolidação da democracia, mesmo entre os seus deputados? Nenhuma.
Vivemos em democracia, e o povo outorgou ao presidente Filipe Nyusi e o partido Frelimo o direito de governar e de usar de todos os meios disponíveis, inclusive a dissuasão e coerção militar necessária para manter a  paz.
O ónus da crise política actual é atribuida à Renamo, como mais uma tentativa execrável de extrapolar os ditames da Lei mãe, para satisfação de interesses do umbigo, que deve ser superado pelo empenho de patritotas,chamando as coisas pelos nomes,porque aqueles que contribuíram para a criação do estado, apenas podem ser escravos e defensores deste.Baseando no pressuposto ninguém perdoaria o executivo, mesmo entre os seus mais devotos militantes e simpatizantes do partido Frelimo, se este não conseguir usar o seu poder, para pacificar o país.No essencial os moçambicanos à excepção da Renamo todos baterão palmas, se Filipe Nyusi colocar a agressividade de Dlhakama e da Renamo de joelhos.
Neste momento em que a inclusão sócio político é  a principal bandeira da nossa democracia, o que me ocorre dizer é que todos os adjectivos estereotipados seriam insuficientes para classificar alguém, que todos sabem ser o responsável material da clivagem de cariz político e militar.
Quando constatamos que há  um partido político com assento parlamentar, que recusa desarmar, ordena o rapto e assassinato de moçambicanos para fins políticos, sendo essa causa que leva os moçambicanos a refugiar-se no  vizinho Malawi, concluímos que estamos a lidar com inimigos do estado, porque independentemente do quadrante político, estado somos todos nós.Qualquer que seja o motivo,não se justifica quando temos uma constituição que juramos respeitar.
Quando a chefe da bancada da Renamo grita como uma virgem ofendida,  alegando de que o baleamento de Manuel Bissopo foi terrorismo de estado, está a atiçar o diferendo, para além das quatro linhas.É  que ela  quando a Renamo mata e esfola fica a aplaudir.Faz o seu jogo e agita uma certa mídia de opinião fácil e descartável,e com eles pseudo empresários estrangeiros, os mesmos que pagaram as passagens e estadia de Dlhakama para ir a Roma aquando do AGP,  que  esperam ser compensados de um hipotético recuo do governo, às exigências da Renamo. Contudo dado a sua natureza inconstitucional,  serão sempre reprovadas por quem de direito.
Efectivamente a Renamo usa com rigor a vestimenta do contrapoder , recusando o desarme das suas forças residuais, por considerar que esta é uma excelente estratégia de levar o governo a ceder.Uma estratégia feita de pressão política e terrorismo, com vista a criar fracturas no seio da sociedade, face à aparente existência de dois pólos de poder,  a reagir e a malhar a quem governa, criticando-o de incapacidade de dissipar o clima de incerteza.
Dlhakama nunca foi  patriota.O seu amor pelo poder é o amor por ele próprio, sendo natural associar a sua ligação a ambições inconfessáveis, que remontam dos tempos do apartheid.Ele quando fala, a sua audiência é o exterior,por  pretender mostrar que  é a corporização do  contrapoder em pessoa.Efectivamente a Renamo nunca foi uma alternativa política, e pelo visto a alternância de poder nunca fez parte da sua agenda política.
Para dar um exemplo, a chefe da bancada da Renamo parece dar -lhe um gozo tremendo aplaudir o assassinato de moçambicanos, e é deputada.Muxunguéo foi ainda esquecida.
É  esta qualidade de políticos e deputados que temos na praça. E como se não bastasse, tivemos de ouvir lá do seu esconderijo, o maior criminoso da história de Moçambique, a carpir lágrimas de crocodilo.
Entre as lamichices habituais, a virgem ofendida, ainda propôs que o ministro do interior deveria demitir-se,etc. etc.Quem deveria há muito ter saído do cenário  político nacional  é Afonso Dlhakama, um dos maiores terroristas que o mundo conheceu,  a par de Joseph Kony, do Uganda, o mais sanguinário de todos os tempos, ainda sob alçada do TPI.
Este posicionamento como contrapoder ao serviço de organizações sinistras, tem sido o verdadeiro calcanhar de Aquiles, na sedimentação da democracia em Moçambique, estando neste momento a contribuir para a instabilidade política, contracção do investimento estrangeiro, e fuga de moçambicanos para o Malawi.
Quem baleou Manuel Bissopo, apenas podem ser aqueles que usam armas à revelia da lei e da ordem.Forças residuais da Renamo e criminosos à solta que se confundem neste enquadramento criminoso.
Até que haja provas em contrário e não haver arguidos constituídos, devemos acreditar na acção policial.Da Renamo pode-se esperar tudo.Há pessoas no interior da organização a não desejar a paz em Moçambique.
Gerar um conflito étnico tribal ou ameaçar governar à força em 6 províncias, sem mandato de quem quer que seja, não faz sentido. É tudo conversa fiada, pois de tudo quanto é sabido, nem de longe nem de perto, a Renamo dispõe de capacidade para um empreendimento dessa envergadura.Por outro lado Moçambique tem um presidente eleito democraticamente de uma maioria absoluta, e amado pelo seu povo,e tem as FDS, tem uma constituição, e os órgãos de soberania,o resto é conversa.

DESENVOLVIMENTO MUNDIAL A DUAS VELOCIDADES

Discursos para jornalistas chegam cedo
na África do Sul e tarde em Moçambique
Na Africa do Sul há muita coisa que anda mal. Há muita corrupção nas instituições do Estado. No processo da construção da casa particular do Presidente Jacob Zuma, em Nkandla, sua aldeia natal, na província de Kwazulu-Natal, houve desvio de 240 milhões de rands do Estado por várias pessoas envolvidas nas obras inacabadas e mal feitas para Chefe Grande. 
O assunto manchou e desgastou a imagem de Zuma e do ANC, que saiu em defesa do Presidente perante a oposição e opinião publica.
Candidatos a professores compram vagas para emprego no Estado, depois de cursos de formação nos institutos vocacionados. 
Alunos adquirem enunciados de exames a porta de cavalo antes da hora da sua realização nas salas de exames. 
Nas unidades sanitárias do Estado há falta de médicos e de outros profissionais de Saúde.
No maior hospital do Mundo, localizado no Soweto, chamado Baragwanath Hospital com mais de 3.500 camas há venda de corpos para agências funerárias facturarem nas famílias enlutadas. 
No Ministério dos Assuntos Internos (Home Affairs), emigrantes compram documentos de residência permanente a funcionários corruptos. Ha cada vez menos tolerância para com emigrantes, um ambiente que agrava manifestações de xenofobia nas comunidades. 
Muitos funcionários públicos não têm vergonha nem sentem pena da população quando grita nas filas ou comunicação social (Media). 
Fazem muita coisa podre a luz do dia, mas também há muitos outros que fazem coisas boas para o povo nos seus sectores de actividade.
Em Moçambique  há muita corrupção  mas funcionários públicos parecem ter vergonha perante Comunicação Social ou reclamações ruidosas da população desesperada.
Entretanto, nos Ministérios, Adidos de Imprensa trabalham como escudos humanos dos Ministros perante jornalistas. 
Ministros falam pouco e só quando querem para jornalistas. 
Quando fazem intervenções em cerimonia oficiais, seus discursos de papel não são distribuídos a tempo a jornalistas para facilitar o trabalho de publicação.
O Chefe do Estado, apoiado por uma máquina de Gabinete de Imprensa, não tem dado entrevistas a jornalistas nacionais, salvo briefings no final de visitas de trabalho ou em conferencias.  
Que eu saiba, o Presidente Filipe Nyusi deu sua primeira entrevista depois da tomada de posse em Janeiro de 2015 a jornalistas angolanos na África do Sul. Foi mau conselho da assessoria.
É muito raro obter o discurso do Chefe do Estado moçambicano logo depois da sua intervenção ou antes mesmo embargado.
Na Africa do Sul, o discurso do Presidente da Republica e distribuído a jornalistas logo depois de proferido ou pouco antes directamente ou através do correio electrónico. 
Eu a trabalhar na cobertura das eleições na Tanzânia em 2015  recebi o programa e intervenções do Presidente Jacob Zuma durante a visita do Presidente Filipe Jacinto Nyusi a África do Sul, mas ate hoje ainda não recebi nenhum do meu Chefe do Estado.
O Gabinete de Imprensa da Presidência Sul-africana comunica-se fácil e rapidamente com jornalistas através de correio electrónico sobre programas do Presidente. 
Ministros colaboram facilmente com órgãos de Comunicação Social, sobretudo a Corporação Publica de radiodifusão, chamada SABC, com cinco canais de televisão e 19 estações de radio espalhadas em todo o vasto território sul-africano. 
A televisão e as radios publicas são muito respeitadas, apesar de relativamente lentas na sua actuação devido a sua responsabilidade Estatal de ponderação editorial.
Os ecos da pobreza em Moçambique tramam tudo e todos enquanto os de desenvolvimento facilitam tudo e todos na Africa do Sul.

MITESS e MEF capacitam técnicos em controlo interno

Técnicos da Inspecção-Geral do Trabalho (IGT), ligados ao sector de controlo interno do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), a nível dos serviços centrais, estiveram recentemente num curso de capacitação profissional na Cidade de Maputo.
A capacitação esteve a cargo da Inspecção-Geral das Finanças (IGF) e teve como objectivo dotar os técnicos de controlo interno do MITESS de capacidades técnicas em matérias de análise da Conta de Gerência, bem como outros imperativos administrativos, desde os serviços centrais até às Direcções Provinciais do Trabalho, Emprego e Segurança Social.
Espera-se que com esta capacitação os técnicos de controlo interno estejam habilitados em realizar análise dos modelos e mapas gerados pelo E-SISTAFE, com vista à elaboração do parecer às Contas de Gerência dos Órgãos e Instituições do Estado, no seu todo.
No quadro das reformas em curso no sector público, para o caso vertente para o sector da administração do trabalho, acções diversificadas de capacitação têm sido realizadas em diversos escalões, visando dotar de conhecimentos e capacidades aos funcionários, com o objectivo de garantir a melhor interpretação das políticas laborais e administrativas ao nível dos seus sectores, sendo que os temas são definidos tendo em conta o campo de acção dos visados e do ponto de vista institucional, sobretudo no âmbito das políticas de capacitação técnica do MITESS, na perspectiva de suprir potenciais dificuldades encaradas durante o exercício profissional e as adaptações a que os sectores estão sujeitos, face aos avanços técnico-científicos e tecnológicos, a nível do mercado de trabalho.

GOVERNO ESTÁ A ENVIDAR ESFORÇOS PARA GARANTIR TRANQUILIDADE NO PAÍS

O Governo afirma estar a envidar todos os esforços para garantir a tranquilidade para os moçambicanos.
A posição foi reafirmada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, na vigésima cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, que decorre na capital etíope, Adis Abeba.
O Chefe do Estado sublinhou que só com a tranquilidade é que os moçambicanos poderão participar no desenvolvimento do país.
Filipe Nyusi, voltou a denunciar a
contraparte da RENAMO que não tem colaborado nos esforços da busca de uma paz efectiva em Moçambique. 

sábado, 30 de janeiro de 2016

RM completa emissores nas capitais províncias

A Rádio
Moçambique (RM) completou ontem a instalação de emissores em todas as capitais provinciais com a inauguração do último instalado na cidade da Matola, para servir a província de Maputo. O centro de produção e transmissão foi projectado e instalado por técnicos nacionais e funcionava até então no edifício-sede da RM na cidade de Maputo, tendo começado a emitir os seus serviços em Dezembro de 2015. Segundo o Presidente do Conselho de Administração daquela estação radiofónica, Faruco Sadique, o canal ora entregue reveste-se de grande importância não só para a RM como também para a radiodifusão nacional. “A nossa missão como Rádio Moçambique é contribuir para a promoção do progresso económico, social e cultural de Moçambique, para a consciencialização cívica, política e social dos cidadãos, consolidação e aprofundamento da democracia para o reforço da unidade nacional” afirmou. Para Faruco Sadique a inauguração deste emissor é mais uma ponte para a ligação entre a RM e o ouvinte e espera-se que possa oferecer maiores possibilidades de programas que abordam assuntos sobre a província de Maputo nas línguas locais. Falando na ocasião, o governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, afirmou que ao cortar a ligação física com a sua sede na cidade capital, o Centro Emissor de Maputo deverá, de forma autónoma, fazer a sua história, conquistando mais ouvintes, produzindo programas com conteúdos, ensinamentos e práticas que satisfaçam as comunidades. “Temos a plena consciência de que este centro de produção radiofónica, mais próximo de todos nós, vem seguramente dinamizar e incrementar acções como parceiro no apoio e divulgação do programa do Governo”, desafiou Raimundo Diomba. O governante lembrou que “a comunicação e, particularmente, a radiofónica, pelas suas características, influencia, persuade, seduz, lidera e gera resultados, criando uma consciência que transcende os valores pessoais com foco em valores universais e de interesse colectivo”. Destacou também o facto de actualmente, mesmo com a concorrência de outros meios de comunicação, a rádio manter a sua popularidade e simbolismo, ao continuar a ser uma fonte de notícias, lazer e entretenimento no universo da especificidade de cada ouvinte. A instalação do Centro Emissor Provincial de Maputo insere-se no projecto de modernização e expansão das redes de produção e transmissão de sinal daquela que é estação radiofónica mais antiga do país, que tem sido levado a cabo nos últimos anos. O Centro Emissor Provincial de Maputo foi criado em Julho de 2000, fruto da separação dos emissores de Maputo e Gaza.

Amamentar evita cancro da mama

Um estudo científico conduzido pelo investigador brasileiro Cesar Victora, demonstra que a amamentação pode evitar todos os anos a morte de mais de 800 mil crianças e de cerca de 20 mil mulheres por cancro da mama.
O estudo foi publicado na revista britânica “The Lancet” e reúne informações retiradas de 28 artigos e investigações científicas, que demonstram que amamentar é uma das medidas preventivas mais eficazes para a saúde dos bebés e das mães, independentemente do lugar onde vivem, e que isso tem impacto na economia global. “Há uma ideia pré-concebida de que os benefícios da amamentação só estão relacionados com os países pobres. Nada podia estar mais longe da verdade. O nosso trabalho demonstra claramente que amamentar salva vidas e poupa dinheiro aos países, tanto ricos e como pobres”, afirma Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas, no Brasil. Nos países com elevados níveis de alimentação com leite materno, o risco de morte súbita dos bebés diminui em mais de um terço dos casos. Sabe-se ainda que o leite materno tem propriedades que protegem as crianças contra a obesidade e diabetes e que amamentar reduz, para as mães, o risco de cancro da mama e ovários. Há ainda razões económicas relacionadas com a amamentação, sublinha o estudo. As perdas para a economia global pelo desconhecimento dos benefícios do leite materno atingiram em 2012 os 276 mil milhões de euros. Se nos Estados Unidos e no Brasil aumentassem para 90 cento a taxa de amamentação de crianças até aos seis meses, os sistemas de saúde de cada país poupariam por ano 2,2 mil milhões de euros (EUA) e 5,4 milhões de euros (Brasil). Com estes dados, os investigadores apelam a um compromisso político e a um investimento financeiro para proteger, promover e facilitar a amamentação entre as mulheres e para criar regras para a indústria de substitutos do leite materno.

Liberdade de imprensa diminuiu em Hong Kong, Macau e China em 2015 – relatório

A liberdade de imprensa em Hong Kong, Macau e interior da China deteriorou-se em 2015, concluiu um novo relatório da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) divulgado hoje. “A Liberdade de imprensa na China, Hong Kong e Macau deteriorou-se ainda mais em 2015, com o Partido Comunista Chinês a usar de todos os meios à sua disposição para controlar a imprensa”, refere o relatório da FIJ. O oitavo relatório da organização, que denuncia a auto-censura e a crescente influência de Pequim sobre os meios de comunicação em Hong Kong, surge numa altura em que o desaparecimento de cinco livreiros da antiga colónia britânica aumentou as preocupações dos residentes quanto à erosão das liberdades naquela região administrativa especial chinesa. Os cinco eram funcionários da editora Mighty Current, conhecida por publicar títulos críticos dos líderes de Pequim. O documento também prevê maiores pressões na cidade, que irá ter eleições legislativas este ano e escolher o próximo chefe do Executivo em 2017. “Atendendo a que Hong Kong vai a eleições no próximo ano, o partido está também a usar a sua considerável riqueza para consolidar a sua influência na região”, acrescenta. Entre outras situações referentes a 2015, o relatório refere o caso do incêndio na casa do magnata da comunicação social de Hong Kong Jimmy Lai, e na sede da sua empresa Next Media, que publica o jornal Apple Daily. Outro caso diz respeito ao jogo de qualificação para o Mundial 2018 disputado entre a China e Hong Kong, em que, segundo o Apple Daily, jornalistas foram detidos pela polícia durante três horas e acusados de “jornalismo ilegal”. “A polícia também pediu para eles escreverem uma carta de arrependimento. Outros jornalistas queixaram-se que tinham sido identificados e levados pela polícia assim que chegaram ao estádio da cidade chinesa de Shenzhen”, acrescenta o documento. O relatório do ano passado alertava para “as jogadas de bastidores”, numa altura em que as tensões permaneciam elevadas em Hong Kong, após mais de dois meses de ocupação das ruas no final de 2014, em protesto em prol do sufrágio universal. Ken Tsang, um activista pró-democracia que foi alegadamente espancando pela polícia durante estes protestos, numa agressão captada pelas câmaras de televisão, disse na quinta-feira, após uma audição em tribunal, que a situação relativamente às ameaças às liberdades em Hong Kong era “terrível”. Hong Kong tem um estatuto semiautónomo após ter sido devolvido à China pela Grã-Bretanha em 1997, e mantém uma liberdade que não existe no território continental. No entanto, há receios de que estas liberdades estejam a desaparecer em Hong Kong, particularmente após as grandes manifestações pró-democracia em 2014 e a rejeição, em Junho de 2015, da reforma política proposta por Pequim para o território. Já sobre Macau, o relatório refere um caso ocorrido a 15 de Março, em que um jornalista foi afastado por seguranças durante uma cerimónia de inauguração de uma exposição no casino MGM, quando tentava entrevistar responsáveis do Governo. Outro incidente, reportado pelo All About Macau, remonta a 23 de Abril, quando profissionais da televisão MSTV foram bloqueados por pessoas não identificadas ao tentarem fazer a cobertura de um incêndio num dormitório da Universidade de Macau. A apreensão, a 21 de maio, pelas autoridades do interior da China, de cerca de 1.000 cópias de um livro lançado pelo activista Sulu Sou, antigo presidente da Associação Novo Macau, é também referida no relatório. O relatório da FIJ, apresentado no Clube de Correspondentes Estrangeiros de Hong Kong, indica que as perspectivas para 2016 para o interior da China são “piores”. As autoridades chinesas detiveram e pressionaram jornalistas, recorreram a confissões forçadas difundidas na televisão e a outros métodos, limitando e influenciando o jornalismo, refere o relatório.

China prepara-se para risco da chegada do vírus Zika

As autoridades de saúde da China, país em que não há casos registados de Zika, estão a preparar-se para fazer face à eventual chegada do vírus portador da doença ao gigante asiático.
O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da China elevou na sexta-feira o alerta para a possibilidade de o vírus ser importado de outros países e já desenvolveu um método de detecção e começou a instruir o pessoal médico, informou hoje o diário oficial China Daily. Depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter advertido na quinta-feira que o Zika poderia afectar entre três e quatro milhões de pessoas na América em 2016, as autoridades chinesas anunciaram que vão cooperar e trocar informações com outros países para fazer frente aos riscos. Os peritos chineses consideram pouco provável que o país asiático sofra um surto desta doença como o ocorrido no continente americano, dadas as adversas condições climáticas para a propagação do mosquito que transmite o vírus.

Eurocépticos alemães admitem uso de armas contra refugiados, mas apenas em casos extremos

A líder da euro-céptica
Alternativa para a Alemanha (AFD), Frauke Petry, admitiu hoje “o uso de armas” contra os refugiados que atravessam ilegalmente a fronteira, mas apenas em casos de extrema necessidade. Em declarações ao jornal "Mannheimer Morgen", Frauke Petry advertiu ainda que nem os muros mais altos podem travar a ânsia dos refugiados de chegar à Europa. "Nenhum polícia quer disparar sobre um refugiado, nem eu. Mas numa situação de última necessidade, devemos fazer uso das armas", disse a líder partido populista de direita. Aludindo ao caso de Espanha, Frauke Petry afirmou que os muros mais altos não conseguiram deter os imigrantes, sublinhando que estes “vão continuar a tentar” chegar à Europa. "Precisamos de controlos fronteiriços completos para que não atravessem, através da Áustria, tantos refugiados não registados", defendeu a líder da AFD. Mas para isso, sustentou, é preciso haver “polícias suficientes na fronteira” que “não hesitem” na hora de rejeitar estas pessoas. Questionada sobre como deve agir um polícia se um refugiado conseguir escalar um muro e entrar em território alemão, Frauke Petry disse que "deve impedir a sua entrada ilegal, e em caso de necessidade, fazer uso da arma de fogo", sublinhando que está protegido pela lei. A entrevista a Frauke Petry ocorre numa altura em que se debate a exclusão da AFD nos debates televisivos para as eleições regionais de 13 de Março na "Länder" de Baden-Württemberg, Saxônia-Anhalt e Renânia-Palatinado. A líder da AFD é presença habitual nos debates televisivos, mas a sua presença não está prevista nos duelos da campanha eleitoral com o argumento de que é uma formação extraparlamentar. As sondagens apontam que a sua formação vai conseguir assentos em câmaras regionais e que, no caso de haver eleições gerais antecipadas, poderia estabelecer-se como a terceira força política a nível nacional, depois de os democratas-cristãos de Angela Merkel e do Partido Social-Democrata (SPD).

Presidente da República defende autonomia financeira de órgão que avalia governação na UA

Filipe Nyusi defendeu o financiamento interno para o Mecanismo Africano de Revisão de Pares, que avalia indicadores sobre a governação na União Africana (UA), sugerindo sanções para os membros que não pagam as suas quotas.
Falando durante um Fórum de chefes de Estado dos países que integram Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP), em Adis Abeba, capital da Etiópia, onde participa da 26.ª Cimeira da União Africana, Filipe Nyusi disse que a função deste órgão é “eminentemente africana” e, por isso, deve ser sustentado com base na contribuição dos Estados-membros. Nyusi sublinhou ainda que o recurso a parcerias estratégicas para o financiamento do órgão pode comprometer a soberania dos países integrantes, acrescentando que a adesão de mais Estados-membros ao MARP seria outra forma para alargar a base de contribuições. “O cenário que se apresenta actualmente, em termos financeiros, exige que reflictamos de forma desapaixonada sobre os esforços colectivos para a sua melhoria”, afirmou Nyusi, sugerindo a adopção de uma moratória de atribuição de prazos aos membros do MARP que não pagam as suas quotas e afirmando que estes não devem ser tratados da mesma forma que os outros que têm a sua situação financeira regularizada. Desde a sua criação, em 2003, dos 35 membros do órgão apenas 13 têm a sua situação financeira regularizada e calcula-se que a dívida dos membros que não honram com os seus compromissos ronde os 13 milhões de dólares. Por sua vez, o presidente do Fórum Nacional do MARP moçambicano, Lourenço do Rosário, manifestou-se optimista com o encontro, destacando que Moçambique foi apontado como um dos países que têm a sua situação regularizada no que respeita às contribuições para o funcionamento do órgão. “É preciso lembrar que foi aqui referenciado que Moçambique, Djibuti e Lesoto são os únicos que em 2016 já pagaram as suas quotas”, sublinhou Lourenço do Rosário. O MARP foi instituído pela União Africana para escrutinar os países que a ele se submetem voluntariamente nos capítulos da governação corporativa, desenvolvimento socioeconómico e questões transversais, como pobreza e desigualdades. O instrumento, composto por 35 dos 54 países que integram a União Africana, analisa igualmente a ligação entre partidos, Governo e negócios e é actualmente dirigido pelo Presidente queniano, Uhuru Kenyatta.

Polícia moçambicana acusa Renamo de atacar povoado no Sul do país

A Polícia da República de Moçambique (PRM) acusou hoje a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) de ter atacado de madrugada o povoado de Saute, na província de Gaza, Sul do país, tendo morto um tractorista em serviço.
“Eles [a Renamo] atacaram a população de Saute [no distrito de Chigubo] e mataram um tractorista que estava a trabalhar, abastecendo de água as populações afectadas pela seca”, disse à Lusa o porta-voz da PRM na província de Gaza, Jeremias Langa. O responsável acrescentou que a intenção dos alegados atacantes era encontrar uma das posições das forças de defesa e segurança na região, à semelhança do que aconteceu na madruga de Quinta-feira no centro de Moçambique. A Lusa contactou o porta-voz da Renamo, António Muchanga, que desmentiu a informação avançada pela polícia, tal como negou o ataque na madruga de Quinta-feira ao povoado de Zero, na província da Zambézia, considerando que há um plano da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique, no poder) para “manchar a imagem” do seu partido. “É mentira, a Renamo não está envolvida nisso. Estou a dizer que é mentira”, sublinhou António Muchanga, acrescentando que se trata de “confrontos entre eles”. A informação sobre o segundo incidente envolvendo a Renamo em menos de quatro dias foi avançada pela Rádio Moçambique e confirmada depois à Lusa pelo porta-voz da PRM em Gaza. À semelhança do alegado ataque da Renamo na Quinta-feira ao posto das forças de defesa e segurança do povoado de Zero, de acordo com o porta-voz da PRM em Gaza, o novo incidente no distrito de Chigubo deu-se de madrugada, por volta das 02:00 horas. “Os trabalhos de perícia já estão em curso e também já temos lá uma equipa que está a garantir a segurança das populações”, afirmou Jeremias Langa, salientando que, apercebendo-se da chegada da polícia, os autores do ataque colocaram-se em fuga, em direcção a Funhalouro, na província de Inhambane (Sul), onde existe uma base da Renamo. Moçambique vive uma situação de incerteza política há vários meses e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ameaça tomar o poder em seis províncias do Norte e centro do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de 2014. O líder da Renamo não é visto em público desde 9 de Outubro, quando a sua residência na Beira foi invadida pela polícia, que desarmou e deteve, por algumas horas, a sua guarda. Nos pronunciamentos públicos que tem feito nos últimos dias, Dhlakama afirma ter voltado para Sadjundjira, distrito de Gorongosa, mas alguns círculos questionam a fiabilidade dessa informação, tendo em conta uma alegada forte presença das forças de defesa e segurança moçambicanas nessa zona. A Frelimo e a Renamo têm vindo a acusar-se mutuamente de rapto e assassínio dos seus dirigentes. No dia 20 de Janeiro, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, foi baleado por desconhecidos no bairro da Ponta Gea, centro da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique e o seu guarda-costas morreu no local. A Renamo pediu recentemente a mediação do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e da Igreja Católica para o diálogo com o Governo e que se encontra bloqueado há vários meses. O Presidente moçambicano tem reiterado a sua disponibilidade para se avistar com o líder da Renamo, mas Afonso Dhlakama considera que não há mais nada a conversar depois de a Frelimo ter chumbado a revisão pontual da Constituição para acomodar as novas regiões administrativas reivindicadas pela oposição e que só negociará depois de tomar o poder no centro e Norte do país.

ZIKA : GRUPO PREPARA ACÇÃO PARA PERMITIR ABORTO EM CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL

Um grupo de investigadores, advogados e activistas brasileiros vai interpor uma acção no Supremo Tribunal Federal brasileiro para que o aborto seja autorizado em caso de microcefalia do feto, uma diminuição do perímetro craniano associado ao vírus Zika. Causa microcefalia na gravidez? - Investigadores brasileiros e da Organização Mundial de Saúde afirmam que há indícios crescentes de haver uma ligação entre o Zika e a microcefalia em fetos, uma desordem neurológica traduzida pelo nascimento de bebés com a cabeça e o cérebro mais pequenos do que o habitual. Há contudo pouca informação acerca da possível transmissão do Zika das mães infectadas para os fetos durante a gravidez. Governos de todo o mundo, dos Estados Unidos à Austrália, já pediram a grávidas para evitarem zonas de contágio. Só no Brasil, há pelo menos 4.000 casos confirmados de microcefalia em bebés. O Ministério da Saúde colombiano aconselhou as mulheres a adiarem por seis ou oito meses os seus planos de engravidarem. créditos: AFP No Brasil, como noutros países da América Latina, o aborto é proibido por lei, sendo apenas autorizado em caso de violação, de perigo para a vida da mãe ou de anencefalia (ausência parcial ou total do cérebro) do feto. Na argumentação que apresentará ao STF, o Estado é apresentado como "responsável pela epidemia do Zika", por não ter erradicado o mosquito que o transmite, segundo a antropóloga Debora Diniz, professora da universidade de Brasília e representante do grupo, citada pela imprensa brasileira numa entrevista à BBC. “Porque é que uma lei de 1940 deve ser válida para casos que ocorrem um século mais tarde, depois de uma epidemia inesperada?, questionou-se Debora Diniz, que já em 2012 se tinha mobilizado para que a anencefalia fosse incluída nas exceções à proibição do aborto. A acção será apresentada no tribunal em menos de dois meses, indicou a académica. Desde Abril de 2015, mais de um milhão e meio de brasileiros contraíram o vírus, que se propaga de forma exponencial na América Latina, através do mosquito Aedes aegypti, que também transmite o dengue, febre-amarela e do chikungunya. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Zika poderá afectar “três a quatro milhões” de pessoas no continente americano. Este vírus é associado no Brasil a um aumento de casos de microcefalia, um distúrbio de desenvolvimento fetal que causa o perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, o que provoca atrasos no desenvolvimento mental. Actualmente, mais de 3.400 casos prováveis desta doença congénita estão sob investigação, tendo sido confirmados 270 casos (contra 147 em todo o ano de 2014). A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, garantiu na sexta-feira que o Brasil iria “ganhar a guerra” contra o vírus Zika. Cientistas consideram que o Brasil não reagiu atempadamente para conter o mosquito vector
da epidemia e receiam que os Jogos Olímpicos de Agosto próximo sejam uma “fonte de contágio”.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Japão mobiliza tropas face a possível lançamento de míssil norte-coreano

O Governo japonês ordenou hoje ao exército que se prepare para a possibilidade de ter de destruir um míssil que a Coreia do Norte pode vir a lançar em breve, evitando, assim, que este caia sobre o território nipónico. “Tomámos todas as medidas necessárias para poder responder a qualquer tipo de situação”, afirmou hoje o ministro porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga, citado pela agência Kyodo. Suga não deu mais informações sobre a iniciativa do Ministério da Defesa, de modo a não revelar “informação sensível” sobre a capacidade do Japão para interceptar mísseis. As últimas imagens de satélite da base norte-coreana de Sohae mostraram que há movimentação nas instalações e que Pyongyang pode estar a preparar o lançamento, em breve, de um projéctil de longo alcance, tal como Seul, Tóquio e Washington tinham alertado. Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Fumio Kishida, disse hoje que acordou, numa tele-conferência com o seu homólogo norte-americano, John Kerry, cooperar de perto sobre a questão do lançamento norte-coreano. “Trabalharemos estreitamente com os Estados Unidos e outros países envolvidos e tomaremos todas as medidas possíveis para garantir a segurança do público”, disse Kishida, em conferência de imprensa. O novo lançamento pode acontecer numa altura em que os países do Conselho de Segurança das Nações Unidas contemplam impor sanções adicionais a Pyongyang devido ao seu quarto teste nuclear, realizado no início do mês.

GOVERNO NA EXPECTATIVA DA CONCLUSÃO DA CIRCULAR DE MAPUTO

O Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, diz ser expectativa do governo a conclusão das obras da estrada Circular de Maputo. Carlos Agostinho do Rosário afirma que é visível a magnitude dessa estrada pela facilidade de escoamento do tráfego rodoviário, entre os diversos pontos de entrada e saída da capital do país. A Primeiro-ministro falava esta quinta-feira, na cidade de Maputo, momentos após ter conferido posse a Silva Magaia para o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento Maputo-Sul em substituição de Paulo Fumane. No acto, Do Rosário, instou o empossado a impulsionar a conclusão das obras em curso, com a maior celeridade e qualidade. Na estrada Circular de Maputo, estão por concluir os trabalhos do nó de Tchumene.

Obama compromete-se a combater Estado Islâmico na Líbia

O Presidente norte-americano, Barack Obama, garantiu hoje que os Estados Unidos vão combater o grupo extremista Estado Islâmico noutros países além da Síria e do Iraque, se necessário, salientando o crescente foco na Líbia. Obama convocou o Conselho de Segurança Nacional para discutir a situação na Líbia, devido aos receios de que um vazio de governação no país norte-africano o torne vulnerável à presença do Estado Islâmico. “O Presidente enfatizou que os Estados Unidos vão continuar a combater terroristas do Estado Islâmico em todos os países que seja necessário”, disse a Casa Branca após o encontro. “O Presidente direccionou a sua equipa de segurança nacional para continuar os seus trabalhos de fortalecimento da governação e de contínuos esforços de combate ao terrorismo na Líbia e noutros países onde o Estado Islâmico tem procurado estabelecer presença”, acrescentou. A Líbia atravessa um período de instabilidade e violência desde que o ditador Moamer Kadhafi foi deposto, em 2011. O país tem actualmente
dois governos e dois parlamentos, com as autoridades reconhecidas baseadas na cidade de Tobruk e as apoiadas pelas milícias em Tripoli.

Polícia acusa Renamo de atacar posto no centro do país

A Polícia acusou hoje a Renamo de ter atacado na madrugada de quinta-feira um dos seus postos no povoado de Zero, na província da Zambézia. “A equipa que foi delegada para investigar o incidente constatou que o ataque ao nosso posto foi protagonizado por homens armados da Renamo”, disse à Lusa o porta-voz da PRM na província da Zambézia, acrescentando que um agente da corporação foi baleado no braço e está atualmente sob cuidados médicos no Hospital Provincial de Quelimane. De acordo com Jacinto Félix, o ataque ao posto policial do povoado de Zero, situado entre os distritos de Mopeia e Morrumbala, ao longo da estrada nacional N1, que liga o sul e o centro ao norte de Moçambique, deu-se por volta das 03:00 locais. “A polícia ainda está no terreno, estamos a patrulhar a mata situada nos arredores para identificarmos os autores do ataque”, sublinhou o porta-voz da PRM, acrescentando que, devido à hora, “felizmente não existiam civis no local do incidente”. A Lusa contactou o porta-voz da Renamo, António Muchanga, que disse não ter informações sobre o assunto. Nos últimos tempos, Morrumbala tem sido palco de confrontações entre as forças de defesa e segurança e o braço armado da Renamo, que anunciara no ano passado a instalação de um quartel na região. As autoridades distritais anunciaram na semana passada que cerca de nove mil alunos de Morrumbala podem perder o início do ano letivo, agendado para os primeiros dias de fevereiro, devido à crise política e militar entre o Governo e a Renamo. Moçambique vive uma situação de incerteza política há vários meses e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ameaça tomar o poder em seis províncias do norte e centro do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de 2014. O líder da Renamo não é visto em público desde 09 de outubro, quando a sua residência na Beira foi invadida pela polícia, que desarmou e deteve, por algumas horas, a sua guarda. Nos pronunciamentos públicos que tem feito nos últimos dias, Dhlakama afirma ter voltado para Sadjundjira, distrito de Gorongosa, mas alguns círculos questionam a fiabilidade dessa informação, tendo em conta uma alegada forte presença das forças de defesa e segurança moçambicanas nessa zona. A Frelimo e a Renamo têm vindo a acusar-se mutuamente de rapto e assassínio dos seus dirigentes. No dia 20 de Janeiro, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, foi baleado por desconhecidos no bairro da Ponta Gea, centro da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique e o seu guarda-costas morreu no local. A Renamo pediu recentemente a mediação do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e da Igreja Católica para o diálogo com o Governo e que se encontra bloqueado há vários meses. O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, tem reiterado a sua disponibilidade para se avistar com o líder da Renamo, mas Afonso Dhlakama considera que não há mais nada a conversar depois de a Frelimo ter chumbado a revisão pontual da Constituição para acomodar as novas regiões administrativas reivindicadas pela oposição.

Coautor de atentado contra a Air India deixa prisão canadense

Inderjit Singh Reyat, a única pessoa condenada por atentados a bomba contra aviões da companhia aérea Air India, em 1985, foi libertado de uma prisão canadense nesta quarta-feira, após passar duas décadas atrás das grades. Um porta-voz da Junta de Condicional do Canadá confirmou a libertação de Reyat após cumprir dois terços de uma sentença de nove anos por envolvimento em um dos atentados contra aeronaves mais mortais da história. Imigrante sikh residente no Canadá, Reyat tinha cumprido mais de 15 anos de prisão pela fabricação das bombas que foram colocadas em duas malas e plantadas em aviões que
de Vancouver. Uma das bombas partiu destruiu o avião que fazia o voo 182 da Air India quando a aeronave se aproximava da costa da Irlanda, matando as 329 pessoas a bordo. A segunda explodiu no aeroporto de Narita, no Japão, matando dois carregadores no momento em que eles transferiam as bagagens. Os ataques ocorreram durante a repressão contra a luta dos sikhs por um país independente e os mentores provavelmente queriam se vingar contra a invasão, por tropas indianas, do Templo Dourado em Amritsar. Reyat terá que cumprir regime semiaberto até Agosto de 2018, quando sua sentença por perjúrio expirará, e respeitar uma série de condições impostas pela junta de condicional, como não ter contato com as famílias das vítimas ou supostos companheiros de conspiração, e se abster de actividades políticas. Ele também precisará conseguir aconselhamento para lidar com tendências violentas, falta de empatia e "distorções cognitivas" ou para o que uma autoridade descreveu de crenças exageradas. "Se a qualquer momento, seu oficial de condicional sentir que existe um risco para a comunidade, ele pode mandar o senhor Reyat de volta para a prisão", disse à AFP o porta-voz da junta de condicional, Patrick Storey. Em 2010, Reyat foi condenado por mentir ao testemunhar sobre o atentado no julgamento de seus supostos companheiros Ripudaman Singh Malik e Ajaib Singh Bagri, que foram posteriormente absolvidos por falta de provas. Ele evitou ser julgado juntamente com os dois ao se declarar culpado de uma acusação mais branda de homicídio culposo. Os promotores afirmaram que o veredicto no julgamento de Malik e Bagri teria sido diferente se Reyat tivesse dito a verdade na tribuna, quando foi chamado a depor sobre o complô, enquanto o juiz Ian Josephson o chamou de "um total mentiroso". A sentença de nove anos por perjúrio contra Reyat foi a mais longa já proferida por uma corte canadense.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

França: Homem detido na EuroDisney com duas armas e um exemplar do Corão

Um homem que tinha consigo duas armas, munições e um exemplar do Corão foi detido hoje pela polícia num hotel na EuroDisney, perto de Paris, informaram fontes policiais. O homem “foi detetado à chegada ao hotel na EuroDisney, onde tinha uma reserva, e a segurança do hotel encontrou duas armas de mão, um Corão e munições” na sua posse, disse uma fonte citada pela agência France Presse. Um perímetro de segurança foi estabelecido em volta do automóvel do suspeito. O incidente ocorreu no hotel New York, um dos vários existentes dentro da DisneyLand Paris. Uma primeira verificação da identidade não permitiu encontrar qualquer informação sobre o homem em causa nos ficheiros dos serviços de informações, segundo uma outra fonte, citada pela agência EFE.

Brasil passa a integrar lista dos dez maiores contribuintes do FMI

O Brasil integra a partir de hoje a lista dos 10 países que mais contribuem com quotas no Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou a instituição em comunicado de imprensa. A reforma das quotas do FMI começou a ser discutida em 2008 e foi aprovada internamente em 2010, tendo o Brasil participado activamente nesse processo, defendendo que os países emergentes deveriam ter maior representatividade. A reforma das quotas levou a que o capital do FMI passe dos actuais 329 mil milhões de dólares (300 mil milhões de euros) para 659 mil milhões de dólares. O novo quadro societário prevê que 6% das quotas-partes sejam deslocadas para países em desenvolvimento, colocando o Brasil, a China, a Índia e a Rússia entre os maiores membros da instituição. Christine Lagarde, directora do FMI, citada no comunicado, disse que as mudanças tornam o FMI mais moderno e asseguram que a instituição seja capaz de atender melhor às necessidades dos Estados membros num ambiente global em rápida mutação. "Demos um passo crucial, mas isso não é o fim da mudança. Os nossos esforços para fortalecer a governanta
do FMI vão continuar", acrescentou Lagarde, que anunciou no passado dia 22 a intenção de concorrer a um segundo mandato à frente da instituição.

Programa de Governo da Guiné-Bissau aprovado no Parlamento, sem votos da oposição

O programa de Governo da Guiné-Bissau foi hoje aprovado no Parlamento por maioria, com 59 votos em 102, sem que a oposição marcasse presença na sessão presidida pelo primeiro vice-presidente do órgão, Inácio Correia. Na ausência do presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, por motivos de saúde, Correia lamentou que o Partido da Renovação Social (PRS), que lidera a oposição, tenha faltado. O programa passou com 56 votos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), dois do Partido da Convergência Democrática (PCD) e um da União para a Mudança. "Não contamos, infelizmente, com a presença de uma bancada importante deste Parlamento, contudo, contamos que saberá ultrapassar o problema que motivou a sua ausência nos trabalhos de hoje", defendeu Inácio Correia. Fonte do Partido da Renovação Social (PRS) disse à Lusa que a bancada parlamentar "não podia de forma alguma tomar parte na sessão", uma vez que, para o partido, "foi convocada de forma ilegal". De acordo com a mesma fonte, o PRS considera que o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, e o próprio Inácio Correia já foram destituídos pelos deputados. Em causa está o facto de a oposição se ter associado a 15 deputados expulsos do PAIGC e aos quais foi decretada perda de mandato na ANP, alegando terem formado uma nova maioria que já se reuniu no dia 18 e aprovou moções que provocam a queda do Governo. Sem se referir à sua alegada substituição nas funções de vice-presidente do Parlamento, Inácio Correia aproveitou para elogiar a coragem do poder judicial - numa alusão ao despacho do Tribunal Regional de Bissau que ordenou os deputados dissidentes a deixar o Parlamento trabalhar. Inácio Correia exortou ainda o Governo a materializar as iniciativas preconizadas no programa hoje aprovado e apelou à comunidade internacional para libertar fundos prometidos ao país na mesa de doadores, realizada em Março
de 2015, em Bruxelas. O antigo primeiro-ministro e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, considerou, numa declaração política por si lida, que caso a Guiné-Bissau não aprovasse o programa de Governo "estaria a dar um sinal de se ter retirado do compromisso" assumido com os parceiros no encontro de Bruxelas. Para Domingos Simões Pereira, a partir de agora será retomada a tranquilidade para um normal funcionamento do Parlamento e desta forma criar as condições para que o Executivo possa governar, afirmou. A sessão de hoje, que durou cerca de três horas e meia, ficou marcada por um ambiente de boa disposição entre os deputados e os membros do Governo, embora o Parlamento tenha estado sob fortes medidas de seguranças de agentes da polícia e da Guarda Nacional guineense.

Milhares de alunos falham matrícula por ajudar os pais na machamba

A província de Manica falhou a meta das matrículas para este ano lectivo, ao inscrever 51 683 estudantes, cerca de metade do efectivo escolar programado. Trata-se de alunos da 1ª; 6ª; 8ª e 11ª classes que correm o risco de não frequentarem o ensino, por não se terem matriculado. Deste número, o grosso vai para 25 508 crianças que estão na iminência de não frequenta­rem a 1ª classe, porque os respec­tivos pais e encarregados de educação abdicaram do processo de matrículas, levando os menores para ajudar na preparação da campanha agrária. Calculava-se que 91 038 alunos fossem matriculados na 1ª classe, mas somente foi possível inscre­ver 65 530 crianças. O problema, segundo o director provincial do sector, Estêvão Rupela, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), deveu-se à movimentação de crianças para a produção agrícola.

Presidente da República chega hoje a Addis Abeba para cimeira da UA

O Presidente da República, Filipe Nyusi, chega hoje a Adis Abeba, capital da República Federal e Democrática da Etiópia e sede da União Afri­cana (UA), para participar na 26.ª Sessão Ordinária da Assem­bleia dos Chefes de Estado e de Governo da organização. Dentre os destaques da visita de trabalho do estadista moçam­bicano, consta o encontro com o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwami Adesina, a ter lugar amanhã. Neste momento, a capital etío­pe regista um movimento desu­sado, como, aliás, acontece nos últimos dias de Janeiro de todos os anos, quando os estadistas se encontram para debaterem em prol do desenvolvimento do con­tinente. A presidente da Comissão da União Africana já trabalha com os ministros dos negócios estran­geiros dos 54 países membros. O grupo apreciou vários relatórios e realizou um retiro, no qual tra­çou as linhas que deverão orien­tar o encontro dos estadistas, no próximo fim-de-semana.

Vírus infecta milhares e deixa mundo aterrorizado

No Uganda ninguém está preocupado com o zika, o vírus que já in­fectou cerca de quatro milhões de
em 23 países. Mas foi naquele país dos Grandes Lagos onde o vírus foi identifi­cado pela primeira vez em 1947. E para ser mais preciso, em ma­cacos que habitavam a floresta do Zika. O vírus herdou o nome da floresta e desde 1950 está a circular em populações huma­nas. Transmitido por mosqui­tos, o zika está a aterrorizar o mundo, mas no Uganda não constitui ameaça. Aliás, Julius Lutwama, um dos principais in­vestigadores do vírus no Ugan­da, diz que nunca houve um surto conhecido no país, em­bora algumas amostras tiveram resultados positivos ao longo dos anos. Citado pelas agências de notícias, Lutwana chega mesmo a afirmar que zika “não é uma doença muito importante” em um continente onde a malária, também transmitida por mos­quitos, é o grande assassino. Se em África a malária pode fazer esquecer o zika, na América La­tina a situação é tão grave, que alguns países estão a aconselhar as mulheres a evitarem gravidez nos próximos meses. É que o ví­rus pode causar microcefalia em bebés quando a mãe é infectada nos primeiros três meses de gra­videz.